Maioria dos peruanos mostra-se otimista com governo Humala, diz pesquisa
No dia da posse dos 18 ministros, levantamento indica que quase 70% da população
Publicado 01/08/2011 - 13h59
Lima (Peru) – Nesta segunda-feira (1º), os 18 ministros do novo governo presidencial do Peru assumiram suas funções – apenas três são mulheres. O novo quadro aponta para um perfil de governo moderado, como indicava o discurso de campanha de Ollanta Humalla, que vai priorizar investimentos na área social, sem perder o alinhamento ao mercado financeiro.
Uma pesquisa realizada pelo instituto Imasen SAC e divulgada nesta segunda dimensionou a percepção dos peruanos perante o novo governo. Os dados apontam que 69,6% dos peruanos afirmaram ter “confiança, otimismo, entusiasmo e orgulho” ao ouvir a mensagem presidencial de Ollanta Humala a nação, realizada no Congresso Nacional na data da posse, na última quinta-feira (28). O estudo foi realizada entre os dias 28 e 29 de julho e ouviu 1.215 pessoas da área urbana do país.
A mesma pesquisa aponta que 68,5% dos entrevistados desaprovam a atitude dos fujimoristas que, durante a solenidade, interromperam diversas vezes aos gritos e com vaias o juramento realizado perante a constituição de 1979 – e não a vigente, de 1993, promulgada após o “autogolpe” de Estado de Alberto Fujimori.
Por isso, os congressistas ligados ao fujimorismo afirmam não reconhecer Humala como presidente da nação, o que provoca uma intensa movimentação da sociedade. Ele enfrentou um difícil segundo turno, no qual venceu por três pontos percentuais de vantagem, contra Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1991-2000).
Ainda segundo a pesquisa da Imasen, 45,1 % da população, acredita que o juramento perante a Carta Magna de 1979 não irá abolir a constituição de 1993. São 38,8% os que concordam com o texto de antes da década de 1980.
Combate a corrupção
Segundo o estudo, 72,2% acreditam que as medidas de combate a corrupção anunciadas por Humala, serão eficazes. O novo governo promete o fim dos benefícios penitenciários para acusados de corrupção e a proibição aos acusados de assumir cargos políticos.
Segundo a Controladoria Geral da República, em 2009, 2.477 denuncias foram apresentadas contra funcionários ou instituições públicas apontando indícios de corrupção. Com base nesses dados, a bancada governista quer instalar uma investigação contra a gestão do ex-presidente Alan García Pérez. A medida encontra respaldo em 71.9% da população peruana, também segundo a pesquisa Imasen.
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