PMDB promete mais empenho em campanha de Dilma no 2º turno
São Paulo – O candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (PMDB), garantiu nesta quarta-feira (6) que seu partido vai se empenhar mais e buscar mais […]
Publicado 06/10/2010 - 18h03
São Paulo – O candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (PMDB), garantiu nesta quarta-feira (6) que seu partido vai se empenhar mais e buscar mais espaço na campanha para o segundo turno. Ele participou de uma reunião entre lideranças, governadores, senadores e deputados eleitos pelo partido para traçar estratégias.
“Nós teremos uma participação muito grande neste segundo turno”, garantiu Temer a jornalistas. Segundo ele, o partido deveria ter se integrado mais durante a disputa do primeiro turno. “Quem está interessado em ganhar a eleição agora, sou eu e o PMDB”, completou. Ele afirmou ter conversado com Dilma na terça-feira (5) e feito algumas ponderações para a candidata a fim de ter mais espaço na campanha. “Está tudo muito ajustado, tudo muito acertadinho”, disse.
Após a reunião com Dilma, tomou-se a decisão de que o articulador político Moreira Franco participará de todas as reuniões da coordenação de campanha. Ele negou a existência de um clima ruim entre PMDB e PT no primeiro turno. “O clima sempre foi bom e agora vai melhorar mais ainda”, disse Moreira que também adotou o tom de comparação que a campanha passará a exibir no segundo turno. “A campanha terá que fazer o que não conseguiu fazer no primeiro turno que é deixar clara a diferença que existe entre o projeto da Dilma e do José Serra”.
O senador Valdir Raupp (PMDB-SC), também presente ao encontro, declarou que sem eleições para o Congresso, a campanha vai se intensificar no “corpo a corpo” para o segundo turno, a ser realizado dia 31. “No primeiro turno, a grande maioria dos candidatos cuidou de si. Agora, com a maioria eleita, a campanha vai tomar formato mais corpo a corpo”, afirmou Raupp.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que a participação menor na campanha teve relação com a disputa de cadeiras no Congresso entre as duas legendas. “Nós tivemos uma eleição em que PT e PMDB disputaram bancadas e, de certa forma, eram concorrentes em vários Estados. Agora não. Tem de unir forças PT, PMDB e os partidos da base aliada”, disse Jucá. Em 2011, o PMDB contará com 79 deputados federais e 19 senadores. Já o PT, terá 88 deputados e 13 senadores.
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, que perdeu o governo da Bahia para o petista Jaques Wagner chegou à reunião afirmando que a relação não estava tão boa. No entanto, Geddel disse que já aparou as arestas em uma reunião pela manhã, com Dilma. “Havia um clima ruim que não existe mais. Eu não tenho mais mágoa”. “Se eu for fazer política com mágoa eu acabo com meu fígado”, disse Geddel. A “mágoa” de Geddel tem motivo no fato de Dilma ter declarado, na Bahia, que seu candidato era o governador petista.
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