Para CUT, isenção de imposto sobre PLR motiva trabalhadores para 2013

A pauta da isenção de imposto sobre a PLR motivou diversas mobilizações em 2012, como a organizada por metalúrgicos e bancários na via Anchieta (Foto: Apu Gomes/Folhapress) São Paulo – […]

A pauta da isenção de imposto sobre a PLR motivou diversas mobilizações em 2012, como a organizada por metalúrgicos e bancários na via Anchieta (Foto: Apu Gomes/Folhapress)

São Paulo – O presidente da CUT, Vagner Freitas, considera acertada a decisão do governo federal de oficializar na véspera de Natal a isenção de Imposto de Renda sobre a participação nos lucros ou resultados (PLR), e acredita que esta conquista dará impulso para que os trabalhadores lutem por outras demandas em 2013.

“Medidas como estas nos dão mais motivação para continuarmos a luta em defesa de outras pautas que estão em discussão no Legislativo e no Executivo, como a diminuição da jornada de trabalho para 40 horas sem redução de salário, fim do fator previdenciário, a questão da terceirização, as Convenções 158 e 151 da OIT, reforma agrária, reforma política, reforma tributária, entre outras demandas tão importantes para a classe trabalhadora e para o desenvolvimento do país”, disse Vagner em comunicado publicado na página da entidade.

Ontem, a presidenta Dilma Rousseff oficializou a isenção de imposto sobre PLRs no valor de até R$ 6 mil, conforme a RBA havia antecipado na última sexta-feira (21), e a criação de quatro faixas de alíquota: 7,5% entre R$ 6.000,01 e R$ 9 mil; 15% de R$ 9.000,01 a R$ 12 mil; 22,5% entre R$ 12.000,01 e R$ 15 mil; e 27,5% para valores acima de R$ 15 mil.

Em nota divulgada pelo Palácio do Planalto, Dilma destacou que a medida só pôde ser fechada graças ao entendimento entre governo e centrais sindicais. “Consultados sobre os termos da Medida Provisória que implementará a desoneração, os sindicalistas concordaram e pediram que a decisão fosse anunciada ainda neste ano”, diz a nota, que acrescenta o recebimento de uma carta assinada pelos presidentes das principais centrais sindicais na última sexta.

Naquele dia, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou aos representantes dos trabalhadores que o governo aceitava fechar questão em torno do teto de isenção proposto inicialmente, de R$ 6 mil, e que para isso seria necessário que as centrais manifestassem acordo em ofício enviado ao Planalto, o que ocorreu na mesma tarde. 

Também ontem, o governo anunciou que o salário mínimo terá reajuste de 9%, passando de R$ 622 para R$ 678, R$ 7 a mais que o proposto inicialmente na peça orçamentária em tramitação no Congresso.