São Paulo – Sai ainda nesta segunda-feira (19) a decisão do diretório nacional do Partidos dos Trabalhadores (PT) sobre as declarações do deputado Índio da Costa (DEM-RJ), candidato a vice presidente na chapa do tucano José Serra.

Na sexta-feira (16), o deputado acusou o PT de ser ligado à guerrilha colombiana, entre outras declarações contundentes, mas sem comprovação real. “Todo mundo sabe que o PT é ligado às Farc, ligado ao narcotráfico, ao que há de pior. Não tenho dúvida nenhuma disso”. Veja no Conversa Afiada. Apesar de críticas de alguns aliados, o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhaunsen (SC) concordou com tudo no Twitter. O “vice Índio falou o que todos já sabem: o PT tem ligações umbilicais com as Farc, que, por sua vez, vive do narcotráfico”.

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse, em posts também publicados no Twitter, que as palavras de Índio foram “declarações de um desqualificado. Quando se coloca uma pessoa sem capacidade para concorrer, ela se deslumbra e fala bobagens. Estamos pensando em processar, mas ele não vale o custo do papel necessário para a petição.”

Pensa diferente, por exemplo, o líder do governo na Câmara, Cândido Vacarezza, que quer a ação judicial contra o candidato do DEM. “As acusações, frutos de molecagem, não podem passar em branco.”

A decisão sobre a continuidade ou não do processo pode chegar ao comando da campanha de Dilma, numa reunião nesta terça-feira (20), caso não haja consenso até o fim desta tarde.

No dia seguinte às declarações do vice de Serra, a candidata Dilma Rousseff, durante um comício no interior de São Paulo, dedicou parte de seu discurso ao vice Michel Temer: “Competente, capacitado, um vice que não é improvisado”, definiu.