Brasília – Um dos temas mais abordados na reunião desta segunda-feira (4) na capital federal entre o comando da campanha de Dilma Rousseff (PT) e lideranças que a apoiam foi a onda de boatos espalhados contra a candidata. A avaliação dentro da coligação é de que e-mails e notícias falsas prejudicaram a avaliação da presidenciável junto a parte do eleitorado mais conservador e religioso.

Uma das principais questões aventadas na reta final dizia respeito à posição da petista sobre o aborto. O senador reeleito Marcelo Crivella (PRB-RJ), que tem forte presença junto ao eleitorado evangélico, destacou que vai trabalhar para reverter os estragos provocados pelos boatos. “Um pastor tem dificuldade para pedir voto, mas para tirar (os votos) é de uma efetividade tremenda”, explica o parlamentar. Ele tem elos com a Igreja Universal do Reino de Deus e é um dos principais interlocutores da base aliada do governo com eleitores evangélicos.

Dilma acrescentou que será preciso fazer um esclarecimento à população, mas ainda não definiu de que maneira isso será realizado. “Considero que foi feita uma campanha perversa sobre o que eu penso e o que eu acredito. E uma campanha tão mais difícil porque quem me acusava não aparecida de forma muito clara. É aquela campanha que lança inverdades e nunca permite que a gente discuta”, afirmou.