Twitter tem até campanha para ministros do STF votarem contra união homoafetiva

Banner no site oficial do pastor Silas Malafaia, convocando os fiéis para que peçam voto contra união homoafetiva (Foto: Reprodução/Web) A sessão de votação no Supremo Tribunal Federal sobre a […]

Banner no site oficial do pastor Silas Malafaia, convocando os fiéis para que peçam voto contra união homoafetiva (Foto: Reprodução/Web)

A sessão de votação no Supremo Tribunal Federal sobre a extensão de direitos a uniões homoafetivas no país iniciada na quarta-feira (4) fez com que a hashtag #uniaohomoafetiva chegasse ao topo dos assuntos mais comentados na rede social Twitter. A maioria das manifestações era de apoio aos direitos da comunidade LGBT. Até pelo contraste, os comentários contrários à possibilidade de se considerar a união homoafetiva como uma família.

As mensagens, enfáticas, são de repúdio à homossexualidade em si. Alguns citaram a religião cristã como justificativa. “O Evangelho abomina o homossexualismo (sic). Pregar evangelizando é incoerente com a defesa da união afetiva”, escreveu Clarissa Serpa (@cla_serpa). Outro comentário, de Bruno Matos (@brunofbmatos) cita um perfil criado na rede social, @ContraPL122 (projeto de lei que criminaliza a homofobia) e diz: “sou contra, totalmente contra”.

Pivô de sucessivas polêmicas, o pastor Silas Malafaia (@PastorMalafaia) pediu a seus 99 mil seguidores que mandassem e-mails para os ministros do STF pedindo que os fiéis enviassem mensagens para sensibilizá-los a dar seus votos contra o texto, relatado pelo ministro Ayres Britto. “A família só é amplificada numa relação hétero. Vamos multiplicar os e-mails para os ministros até amanhã com: Homoafetiva não é entidade familiar. Vote contra esta lei inconstitucional!”, postou.

Em reação, alguns usuários tentaram argumentar com o pastor. Sem sucesso.

O STF continua a sessão de votação em conjunto pela Ação Direta de Insconstitucionalidade (ADI) 4.277 e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132.