Mobilização

Servidores da educação reforçam greve em São Paulo por valorização e reajuste

Categoria já rejeitou proposta feita pelo prefeito Ricardo Nunes. “Querem sucatear a educação”, critica dirigente

Sedin
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Na próxima terça, haverá nova concentração diante da prefeitura, seguida de caminhada até a Câmara Municipal

São Paulo – Trabalhadores na educação municipal de São Paulo decidiram nesta quarta-feira (13), em assembleia, manter greve por tempo indeterminado. O movimento reúne sindicatos ligados à Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal (Coeduc), que se concentraram diante da sede da prefeitura de São Paulo, na região central.

Ontem (12), sindicatos reunidos no Fórum das Entidades Representativas do Funcionalismo Municipal também aprovaram greve. Os trabalhadores protestam contra a proposta do prefeito Ricardo Nunes (MDB), já rejeitada em assembleia, de 2,16% de reajuste.

No caso da educação, a proposta incluiu 3,62% de abono complementar. “A Coeduc sempre ratificou o posicionamento contrário à política de subsídio para os profissionais de educação, que retira direitos e destrói carreiras”, diz a entidade. Na próxima terça (19), haverá concentração em frente à prefeitura, a partir das 12h. Em seguida, caminhada até a Câmara.

Projeto de reajuste

Segundo a presidenta do Sindicato dos Educadores da Infância (Sedin), Claudete Alves, houve nova reunião com representantes da administração, mas sem avanços. “O governo diz que proposta diferente dos 2,16% é subsídio. Disseram que já vão mandar o projeto (de reajuste) para a Câmara ainda hoje”, informou.

Assim, as categorias de servidores rejeitaram de forma unificada a proposta do governo Nunes. “Quem está no estado é o filhote do Bolsonaro. Nunes e Tarcísio (o governador Tarcísio de Freitas) representam a extrema direita. Eles querem sucatear a educação”, afirmou o diretor do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem) Renato Rodrigues. “Existem escolas sucateadas, e nestes ambientes muitos professores trabalham. Temos que voltar para as escolas e conversar com os colegas. Nossa unidade é manter nosso plano de carreira. Precisamos do mínimo para a sobrevivência”, completou.