Professores federais em greve têm reunião nesta segunda com governo

Na última semana, docentes de 41 das 60 instituições paralisadas recusaram proposta

São Paulo – Representantes dos professores federais, em greve há 66 dias, reúnem-se hoje (23) com o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, para debater a primeira proposta de reajuste salarial e plano de carreira apresentada pelo governo no último dia 13.

Desde então, as seções sindicais das universidades realizaram assembleias para votar a aprovação da proposta. Pelo menos 41 das 60 instituições de ensino paralisadas rejeitaram a oferta e decidiram pela manutenção da greve. 

Segundo a proposta, todos os docentes teriam reajustes nos próximos três anos, que poderiam chegar a até 45%. Os salários dos doutores com dedicação exclusiva passariam de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil. E a remuneração dos professores titulares com dedicação exclusiva iria de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil.

Mas os professores avaliam que, na verdade, o reajuste salarial não cobre a inflação para a maioria dos docentes e que o plano de carreira dificulta a progressão. O governo afirma que a maioria das categorias teria ganhos reais.

“Vamos ver se há espaço de debate para eventuais alterações na proposta. Caso elas sejam palatáveis e não impactem no orçamentário podemos caminhar na direção de acordos”, afirmou Mendonça.

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