São Paulo – Doze mortes ocorridas apenas este ano e problemas na área de segurança apontados pelos representantes dos trabalhadores serão tema de reunião amanhã (9) à tarde entre a Petrobras e a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Para a entidade, há um situação “caótica” na empresa, que não estaria interessada em solucionar os problemas. Isso levou a FUP a se retirar de um grupo de trabalho formado há pouco mais de um ano para discutir políticas de segurança, saúde e ambiente. “Fizemos várias proposições, mas o fato é que não avançou nada”, afirma o coordenador-geral da federação, João Antônio de Moraes.

Segundo a FUP, em um intervalo de 12 dias três trabalhadores morreram. Desde que o grupo foi criado, em setembro de 2011, foram 16 mortes. Desde então, sindicalistas e empresa se reuniram 14 vezes – no encontro mais recente, em 29 de outubro, os representantes da entidade decidiram deixar a mesa de negociação, avaliando que não havia avanço na discussão. A representação sindical afirma que até agora os gestores da empresa “negaram e desqualificaram todas as propostas apresentadas pela FUP”.

O encontro de amanhã será com o diretor Corporativo e de Serviços da companhia, José Eduardo Dutra, que presidiu a Petrobras de 2003 a meados de 2005. “Vamos relatar a ele essas dificuldades”, disse Moraes. Durante o dia, os trabalhadores devem realizar paralisações, protestos e atrasos na entrada do expediente em unidades de todo o país.