Petroleiros fazem greve de 24 horas nesta quarta-feira

Movimento será de 'advertência', mas categoria já discute a possibilidade de cruzar os braços por tempo indeterminado a partir de sexta

São Paulo – Amanhã (26), cerca de 80 mil petroleiros de todo o país devem parar as atividades por 24 horas. Eles não aceitam a proposta da Petrobras, de reajuste nominal de 6,5%, mais abono. A categoria reivindica aumento real (acima da inflação) de 10%. A estatal também oferece pagar abono referente a uma remuneração integral ou de R$ 4.000, o que for maior, descontando o valor da antecipação de R$ 1.296,00 ou 12% de uma remuneração, que foi paga durante a quitação da participação nos lucros ou resultados (PLR) de 2011. 

“O aumento real proposto pela Petrobras (entre 0,9% e 1,2%), além de não contemplar a reivindicação dos trabalhadores, está muito abaixo do que tem sido conquistado por outras categorias. Esta greve de 24 horas será uma advertência”, disse o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes. Não há reunião prevista para novas negociações nos próximos dias.

Tempo indeterminado

Na próxima sexta-feira (28), o Conselho Deliberativo da FUP se reúne para discutir a possibilidade de vir a ser deflagrada uma paralisação por tempo indeterminado. Segundo Moraes, a hipótese de uma greve geral será discutida a partir da avaliação da paralisação de um dia. “Vamos traçar quais serão os próximos caminhos do movimento”, disse.