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Protesto de metalúrgicos reúne 12 mil contra a reforma da Previdência

Funcionários de diversas se concentraram na Anchieta. 'Trabalhadores se indignaram com essa reforma maldita e chamaram o sindicato para esta luta', disse o presidente do sindicato, Rafael Marques

Adonis Guerra/SMABC

Metalúrgicos bloqueiam a Via Anchieta em protesto contra a reforma da Previdência

São Paulo – Metalúrgicos do ABC realizaram na manhã de hoje (9) um protesto contra a reforma da Previdência Social proposta pelo governo Temer. Trabalhadores das fábricas da Ford, Mercedes, Mahle, Rassini e Selco caminharam até o km 18 da Via Anchieta, onde se encontraram com funcionários da Toyota, Arteb, ZF, Scania, Samot, Magna Cosma e, em seguida, chegaram os metalúrgicos na Volks e Panex.

Cerca de 12 mil trabalhadores, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, participaram da mobilização. “Com essa proposta não tem discussão, tem luta. Não vai ter arrego e a nossa proposta é que o Michel Temer retire o texto”, afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques. “O Brasil tem que se contagiar com esta mobilização dos metalúrgicos do ABC. O caminho é ocupar as ruas.” Segundo Rafael, os trabalhadores de diversas fábricas procuraram o sindicato para expressar sua indignação e chamaram para a luta contra a proposta de reforma, que qualificou de “maldita”.

“Precisamos mostrar para o Brasil que nós, metalúrgicos, não aceitamos essa reforma. Não podemos permitir que se pratique esse golpe contra o trabalhador”, afirmou Luizão, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT).

“Esta mobilização é muito importante para a classe trabalhadora. Não podemos permitir que este projeto nefasto seja aprovado. É uma caminhada que vale pela vida inteira”, destacou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

O ato faz parte de agenda de ações organizada pelas centrais sindicais, que são contrárias à reforma da Previdência proposta pelo governo federal. Para as entidades, as mudanças ameaçam o direito à aposentadoria e as garantias da seguridade social.

“Precisamos lutar pelo direito de construir nosso futuro, para que possamos curtir a nossa aposentadoria”, ressaltou o secretário- geral do Smabc, Wagner Santana, o Wagnão, ainda durante a concentração, na porta Volkswagen.

O projeto estabelece a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem e tempo mínimo de contribuição de 25 anos. Para obter o benefício em valor integral, o trabalhador precisará pagar por 49 anos. Na visão das entidades, as atividades com menor regulamentação e remuneração serão as mais prejudicadas.

Com informações da Agência Brasil e da Tribuna Metalúrgica

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