Inflexível

Mediação entre metalúrgicos e GM termina sem acordo, e greve continua

Empresa não aceita cancelar as demissões feitas em três fábricas

Laís Costa/Sind. Met. SJC
Laís Costa/Sind. Met. SJC
Reunião convocada pelo MTE em São Paulo será retomada na próxima terça

São Paulo – Terminou sem acordo, nesta sexta-feira (27), a primeira reunião entre representantes dos metalúrgicos e da General Motors depois de a GM iniciar demissões em três fábricas. Dirigentes dos sindicatos de São Caetano do Sul, São José dos Campos e São Paulo/Mogi das Cruzes cobraram o cancelamento de todos os cortes feitos desde o último sábado (21). Trabalhadores das três unidades estão em greve há cinco dias.

A reunião de hoje, uma mediação coletiva, foi organizada pela Superintendência Regional do Trabalho de São Paulo, a representação local do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foi marcada nova reunião para a próxima terça-feira (31).

A tentativa de mediação foi feita a partir de solicitações dos três sindicatos, que também já se reuniram com integrantes do governo estadual paulista. A GM demitiu em torno de 1,2 mil trabalhadores – 800 em São José, 300 em São Caetano e 100 em Mogi das Cruzes. O número exato não foi confirmado até agora.

Os metalúrgicos argumentam que é preciso haver negociação prévia em caso de demissões em massa, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, há em vigor um acordo que prevê estabilidade no emprego, que também teria sido desrespeitado.

“Seguiremos cobrando medidas pelo cancelamento das demissões na GM não só do governo Lula, mas também do governo de São Paulo e das prefeituras. Nossa prioridade é a manutenção dos postos de trabalho nas três plantas”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, Weller Gonçalves. Em assembleia diante da fábrica, o presidente do sindicato de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, disse que a empresa “usurpou o direito dos trabalhadores”.


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