Campanha

Mais de 65 mil metalúrgicos na base da CUT já têm acordo salarial

Na greve dos bancários, que completou quatro dias, 52 mil trabalhadores participaram das paralisações em São Paulo. No país, movimento atingiu quase 11 mil locais de trabalho

adonis guerra/smabc

Paralisações seguem em empresas do Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) e do setor de fundição

São Paulo – Os acordos salariais da campanha dos metalúrgicos da CUT no estado de São Paulo já atingem 65 mil trabalhadores nas bases dos sindicatos do ABC e de Sorocaba, segundo estimativa parcial. Esses acordos preveem 9,88% de reajuste salarial, índice correspondente a variação do INPC-IBGE em 12 meses, até agosto, véspera da data-base da categoria.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, são 40 mil trabalhadores com reajuste acertado, sendo 30 mil dos grupos 2 (setores de máquinas e eletroeletrônicos) e 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração e equipamentos ferroviários e rodoviários entre outros). A entidade segue organizando paralisações em empresas do Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) e do setor de fundição. Em Sorocaba, são mais 25 mil metalúrgicos.

Bancários

No quarto dia da greve nacional dos bancários, 10.818 locais de trabalho tiveram as atividades interrompidas no país, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Apenas na base do sindicato de São Paulo, Osasco e Região, o movimento atingiu 700 locais, sendo 677 agências e 23 centros administrativos. A entidade estima que 52 mil trabalhadores participaram das paralisações.

Na próxima terça-feira (13), a partir das 17h, o sindicato realiza assembleia para discutir o andamento da campanha salarial. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu 5,5% de reajuste na data-base (1º de setembro) e abono de R$ 2.500. “A categoria bancária sofre diariamente para cumprir metas abusivas e aumentar o lucro do setor. E na hora de garantir que os trabalhadores sejam reconhecidos com ao menos parte do aumento de produtividade, os bancos propõem que os salários sejam arrochados em 4%”, critica a presidenta do sindicato, Juvandia Moreira.


Leia também

Últimas notícias