Servidores em greve têm duas reuniões com o Ministério do Planejamento nesta terça
Professores federais tentam formar uma frente parlamentar para defender a reabertura das negociações com o governo; policiais federais protestam em São Paulo
Publicado 13/08/2012 - 17h12
Entidades dos servidores públicos formalizaram uma denúncia à OIT contra práticas consideradas antissindicais do governo (Antonio Cruz/ ABr)
São Paulo – Entidades representativas dos servidores públicos federais em greve têm duas reuniões confirmadas com o Ministério do Planejamento amanhã (14). A primeira, marcada para as 10h, vai debater a possibilidade de equiparação salarial entre diferentes categorias do funcionalismo público e a segunda, às 14h, avaliará reivindicações específicas do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O Ministério do Planejamento afirmou à Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) que irá agendar novas reuniões com os servidores ao longo desta semana, de acordo com a entidade. Para aguardar o posicionamento do governo, servidores públicos ficarão acampados na Esplanada dos Ministérios de amanhã até sexta-feira (17).
A primeira reunião irá tratar especificamente sobre a Lei 12.277, de 2010, que criou uma tabela salarial diferenciada para cinco cargos do serviço público federal: estatístico, engenheiro, geólogo, economista e arquiteto. Os servidores pedem a equiparação com os demais cargos de nível superior. Na quarta-feira (15) haverá uma marcha unificada dos servidores federais em Brasília (DF), que reunirá, inclusive, professores de universidades federais, em greve há 86 dias.
Professores universitários
Os professores federais terão uma reunião nesta quinta-feira (16) com parlamentares de Brasília para formar uma frente que defenda a reabertura das negociações com o Ministério do Planejamento. Elas foram encerradas em 3 de agosto, quando a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), uma das entidades que representa os docentes, assinou a proposta do governo, mesmo com a rejeição do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), que congrega cerca de 300 campi dos institutos federais de educação técnica, e do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), que representa 51 universidades federais. A Proifes reúne oito universidades federais, mais professores de 21 instituições, espalhados em 77 campi.
Amanhã os professores fazem novo ato em frente ao Ministério do Planejamento, reivindicando a reabertura das negociações. Na manhã de hoje foi feito ato em frente ao Ministério da Educação (MEC). Depois do protesto, o Andes entrou em contato com o MEC e foi informado de que ainda não há data prevista para uma nova reunião.
A instituição orientou as universidades a realizarem novas assembleias ao longo desta semana para deliberarem sobre que pontos da proposta do governo são passíveis de negociação. Ao todo, 61 das 62 instituições de ensino e 34 dos 38 institutos federais de educação aderiram à greve.
Em paralelo, entidades representativas dos servidores públicos em greve formalizaram uma denúncia à Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra práticas consideradas antissindicais por parte do governo federal na última quinta-feira (9). Os servidores reclamam da falta de negociações e do corte de ponto.
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Com informações da Agência Brasil