Alternativas ao ajuste

Dieese apoia CUT em defesa de mudanças na política econômica

Em reunião de sua direção, central aponta um caminho diferente do atual modelo econômico. O objetivo é traçar um caminho de desenvolvimento sustentável do país

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Central entende que política econômica conduzida por Joaquim Levy não leva ao crescimento, mas à recessão

São Paulo – “A atual política econômica tem oferecido um resultado de desemprego, recessão e queda nos salários”, diz o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em coluna para a Rádio Brasil Atual, comentando resolução da direção da CUT, que pede mudanças imediatas na política econômica do governo. Ele argumenta que as propostas da central divergem das medidas praticadas recentemente pelo governo, pois “as restrições no nível de atividade econômica trazem graves consequências para empregos e salários”.

O caminho proposto na reunião aponta para a mesma direção que o Dieese vem assumindo. “O ponto central é a retomada do crescimento econômico. Por um lado, a retomada da atividade econômica do ponto de vista do investimento orientado para ampliação da capacidade produtiva, criando empregos e renda. De outro, manutenção de políticas sociais como salário mínimo, aposentadorias, saúde e educação”, medidas de um sistema de proteção, conforme Clemente.

O diretor do Dieese ainda recorda da necessidade de medidas econômicas anticíclicas – contra período de recessão do modelo. “Isso implica investimento público em grandes obras e políticas sociais. Também articulação com o setor empresarial para animar o investimento do setor privado. Nesta combinação teremos uma retomada do crescimento”.

O economista defende a necessidade de movimentar o setor econômico com “políticas de juros, acesso ao crédito, investimento em ciência, tecnologia e inovação, bem como manutenção de câmbio favorável” diz. “Tais propostas, se combinadas, podem colocar novamente a economia brasileira em uma rota de crescimento”, conclui.

Confira a íntegra do comentário para a Rádio Brasil Atual: