Com greve nos Correios, TST apresenta proposta de conciliação

São Paulo – Em audiência de conciliação interrompida no Tribunal Superior do Trabalho (TST), a vice-presidente, ministra Maria Cristina Peduzzi, apresentou aos representantes dos funcionários dos Correios uma proposta de […]

São Paulo – Em audiência de conciliação interrompida no Tribunal Superior do Trabalho (TST), a vice-presidente, ministra Maria Cristina Peduzzi, apresentou aos representantes dos funcionários dos Correios uma proposta de reajuste salarial de 5,2% (o mesmo índice proposto pela ECT), com aumento linear de R$ 80 e índice de 8,84% para o vale-alimentação. A sessão foi suspensa para avaliação.

Os trabalhadores dos Correios em Minas Gerais e no Pará estão em greve desde a semana passada. Ontem (18), assembleias em várias regiões dos país também decidiram interromper as atividades, após impasse nas negociações. Enquanto os sindicalistas reivindicam 43,7% de reajuste e R$ 200 lineares, a empresa ofereceu 5,2%, índice correspondente à variação do IPCA em 12 meses, até julho – a data-base é 1º de agosto. “A proposta significa um desrespeito ao trabalhador”, critica a Fentect, federação nacional da categoria, que estima a adesão de 117 mil funcionários à greve.

Os Correios afirmaram que têm um plano de contingência para garantir a prestação de serviços. Isso inclui medidas como realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões.

De acordo com a Fentect, a partir de hoje (19) a greve atinge 21 estados de todas as regiões do país, totalizando pelo menos 84% dos trabalhadores. A expectativa é que até a próxima-terça-feira (25) empregados em mais cinco estados também decidam aderir à paralisação.