Centrais levam à OIT preocupações sobre terceirização e obras da Copa

Trabalho decente

Adalberto Marques/Agif/Folhapress

Funcionários do Estádio Nacional Mané Garrincha

São Paulo – CUT, Força Sindical e UGT, que organizaram hoje (7), passeata pelo trabalho decente, como parte de jornada mundial convocada pela Confederação Sindical Internacional (CSI), reuniram-se no sábado, em São Paulo, com o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder. Ele foi eleito no ano passado com apoio das centrais brasileiras e de governos do Brasil e latino-americanos, conforme lembrou o presidente da CUT, Vagner Freitas, que no início da noite embarcou para Bruxelas (Bélgica), onde participará de reunião do conselho-geral da CSI.

Além da agenda do trabalho decente – “O Brasil continua tendo trabalho escravo, não regularizado, sem carteira”, comentou Freitas –, o encontro de sábado teve como temas o Projeto de Lei 4.330, sobre terceirização, e os preparativos para a Copa do Mundo de 2014. “Ele (Ryder) demonstrou preocupação com a Copa. Existem várias categorias profissionais envolvidas, e é preciso chamar desde já uma discussão sobre as questões trabalhistas. Já que o governo diz que é vitrine para mundo, tem de ser um modelo de negociação trabalhista.”

Outro item da pauta foi a Convenção 87 da OIT, sobre liberdade e organização sindical – a CUT defende a ratificação pelo governo brasileiro. Nessa questão, não há concordância entre as centrais.

Ryder, que também se reuniu hoje em São Paulo com o prefeito Fernando Haddad, na instalação do primeiro comitê municipal contra trabalho escravo, seguiu à tarde para Brasília, onde o Ministério do Trabalho e Emprego organizou seminário sobre trabalho decente. Amanhã, ao lado da presidenta Dilma Rousseff, ele participa da abertura de conferência global sobre trabalho infantil.

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