Contra a inflação

Químicos fecham acordo em São Paulo e garantem reajuste por dois anos

Sindicalista destaca avanço “diante do cenário de crise econômica e ameaças a direitos”. Bancários e metalúrgicos também têm reajuste pelo INPC

Fetquim
Fetquim
Assembleia dos químicos em Osasco: mobilização por acordo superou dificuldades

São Paulo – As bancadas dos químicos no estado de São Paulo, representados pelas federações da CUT (Fetquim) e da Força Sindical (Fequimfar), definiram a renovação do acordo coletivo por dois anos. A exemplo do que havia ocorrido em 2019. Assim, com data-base em 1º de novembro, eles garantiram reajuste pelo INPC agora e em 2022. O aumento deste ano deverá ficar em torno de 10%, dependendo do resultado do INPC. E atinge aproximadamente 300 mil trabalhadores.

O acordo negociado pelos químicos com o Ceag-10, grupo patronal, prevê também participação nos lucros ou resultados (PLR). No valor de R$ 1.080 em empresas com até 49 funcionários e de R$ 1.200 naquelas com 50 trabalhadores em diante. Além disso, o piso salarial também será corrigido pelo INPC.

Negociação coletiva

Para o presidente da Fequimfar, Sérgio Luiz Leite, o Serginho, a unidade foi elemento decisivo para fechar a campanha com antecedência em relação à data-base, valorizando a negociação coletiva e a ação sindical. “Diante do cenário de crise econômica e ameaças a direitos, assegurar salários dignos, garantindo o poder de compra dos trabalhadores com reposição integral da inflação, e manter conquistas em convenção coletiva de trabalho é um importante avanço”, avaliou.

Recentemente, os sindicatos de metalúrgicos ligados à CUT em São Paulo, incluindo o ABC, conseguiram acordo pelo INPC (10,42%) na data-base, em 1º de setembro, com oito grupos patronais. Os metalúrgicos da Força, por sua vez, têm data-base em novembro. Já os bancários também têm acordo de dois anos, garantido em 2020, assegurando reajuste integral.