Com taxa de desemprego estável, região do ABC vê ocupação industrial crescer

Setor cresceu 11,5% em 12 meses, com abertura de 36 mil vagas

São Paulo – A taxa de desemprego na região do ABC paulista, formada por sete municípios, ficou praticamente estável de abril para maio (de 10,5% para 10,6%), registrando o menor índice para o mês desde 1998. Em relação a maio de 2010 (13%), recuou 2,4 pontos percentuais. Os dados são da pesquisa Dieese-Seade, que voltou a ser divulgada naquela região após reativação de convênio com o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Outra informação da pesquisa mostra que a participação do emprego industrial cresceu nos últimos 12 meses, embora o setor de serviços continue predominando.

Na comparação anual, a ocupação cresceu 3%, o equivalente a 37 mil empregos a mais, para 1,252 milhão. O destaque foi exatamente a indústria, com expansão de 11,5% (36 mil vagas criadas). O setor concentra hoje 27,7% dos ocupados do ABC (347 mil). Um ano atrás, a indústria respondia por 25,6% do total. A maior parte é do setor de serviços (48,3%, ou 605 mil ocupados), que criou 35 mil empregos ante maio de 2010 (alta de 6,1%).

De abril para maio, o nível de ocupação teve ligeiro recuo (-0,3%, ou 4 mil a menos), enquanto o total de desempregados subiu 0,7% (mil a mais). Em 12 meses, são 33 mil desempregados a menos na região (queda de 18,2%). O total é estimado em 148 mil.

O emprego formal segue em alta. Também em 12 meses, foram criadas 62 mil vagas com carteira assinada (crescimento de 9,7%).

Já o rendimento médio dos ocupados (R$ 1.522) caiu 1,8% no mês e cresceu 5,5% na comparação anual.

Fiesp

O Indicador do Nível de Atividade (INA), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cresceu 1,4% de abril para maio. Segundo o diretor de Economia da entidade, Paulo Francini, o indicador vem perdendo força, e essa tendência deverá se acentuar nos próximos meses. A atividade cresceu 3,4% nos primeiros cinco meses do ano, em relação a igual período de 2010, e 4,7% em 12 meses.