Instituição americana investiga sua responsabilidade na morte de criador do RSS

Aaron Swartz se suicidou a poucas semanas de julgamento por download ilegal de milhões de documentos

Aaron enfrentava a acusação de ter feito download ilegal de 4,8 milhões de documentos da plataforma do MIT (Foto: WikiCommons)

São Paulo – O MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets, na sigla em inglês) lançou uma investigação interna para apurar seu envolvimento no suicídio de Aaron Swartz, programador informático e ativista da internet livre. O jovem, de apenas 26 anos, enfrentava a acusação de ter feito download ilegal de 4,8 milhões de documentos da plataforma da instituição e poderia ser condenado a mais de 30 anos de prisão.

Swartz foi encontrado morto na sexta-feira (11), em seu apartamento em Nova York, a poucas semanas do início de seu julgamento. De acordo com o relato de sua namorada, ele teria se enforcado e não deixou nenhum bilhete.

Em comunicado, a família do jovem afirmou que a instituição de pesquisa também é responsável pelo seu suicídio. “A morte de Aaron não foi apenas uma tragédia pessoal. Foi o produto de um sistema de justiça criminal repleto de intimidações e excessos da procuradoria”, escreveram seus familiares. “As decisões feitas pelos oficiais do MIT e pelo procurador do Massachussets contribuíram para a sua morte.”

Os familiares ainda criticaram a severidade da punição para “um alegado crime que não fez vítimas”.

O presidente do MIT, Rafael Reif, anunciou ontem (13) que a instituição vai iniciar uma investigação interna sobre o seu papel no suicídio deste “jovem brilhante”. “É doloroso pensar que o MIT tenha assumido qualquer papel numa série de acontecimentos que terminaram em tragédia”, escreveu ele em nota.