Demora

Prefeitura de São Paulo vai ampliar ações para reduzir fila de espera na saúde

Programa começou em março com contratação de serviços para reduzir fila de exames ginecológicos, que caiu 33% até aqui

Tânia Rêgo/ABr

Redução da fila para exames ginecológicos esta dentro do esperado, segundo Secretaria Municipal de Saúde

São Paulo – A prefeitura de São Paulo vai contratar serviços de exames para reduzir as filas de espera de endoscopias, colonoscopias, eletroneuromiografias e em cinco tipos de ultrassom: abdômen (total e superior), vias urinárias, bolsa escrotal e partes moles, que abrangem músculos, tendões e ligamentos. Ainda não há data para o início das licitações, que devem ocorrer “em breve”, segundo o assessor de gabinete da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Flavius Augusto Olivetti Albieri.

De acordo com ele, essa é a segunda fase de uma ação da prefeitura para reduzir as filas de espera no atendimento público de saúde pelo programa Rede Hora Certa. A primeira fase, iniciada em março, deu ênfase aos exames ginecológicos, campeões de espera: mamografia e ultrassom de mama e transvaginal.

A fila para os três procedimentos caiu 33,08% entre fevereiro e maio em São Paulo, passando de 100.894 para 67.527 pessoas. A meta do prefeito Fernando Haddad (PT), anunciada em março, é zerar a fila acumulada do governo anterior, de 90 mil mulheres.

Para Albieri, a queda está dentro do esperado porque novos pedidos de exame se somaram aos anteriores. “Nosso foco é acabar com a fila mais antiga (das 90 mil pacientes) em um tempo médio. Devemos zerá-la no prazo de 90 dias (que termina em 15 de junho)”.

Dos três exames, o de ultrassom de mama teve a fila reduzida em 33,7%, e o transvaginal em 37,6%. Já a fila para mamografia aumentou 6%.

Albieri atribui a redução geral à melhor gestão. A prefeitura inaugurou, em março, um serviço telefônico específico para confirmar com a paciente se ela realmente irá fazer o exame. Caso desista, outra pessoa é encaixada no lugar. A taxa de absenteísmo passou de 50% para 35% entre março e maio, segundo a Secretaria.

“Também vamos fazer novas licitações, para contratar mais serviços para esses exames. Tivemos uma queda grande na fila de espera no primeiro mês. Agora estamos estabilizados e precisamos contratar novos serviços”. Em março, Haddad afirmou que iria encaminhar 40 mil mulheres para realizarem os exames na rede privada.