Prudência

Com quase 618 mil mortes pela covid e média móvel em queda, ômicron preocupa

Neurocientista Miguel Nicolelis afirmou que primeiro estudo inglês mostra que a nova variante pode ser tão severa quanto a delta. Casos crescem na Europa

Camila Santana/Semsa Manaus/Fotos Públicas
Camila Santana/Semsa Manaus/Fotos Públicas
Segunda dose da vacina em Manaus: são 141 milhões de brasileiros imunizados

São Paulo – O Brasil teve mais 3.323 casos de covid-19 confirmados nas últimas 24 horas, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com isso, o total chega agora a 22.212.343 desde o início da pandemia. De acordo com os dados liberados no final da tarde deste sábado (18), foram registrados mais 153 óbitos, somando 617.754.

A variante ômicron ainda causa apreensão e incerteza, e o governo anunciou redução do intervalo para a chamada dose de reforço. Ontem, o neurocientista Miguel Nicolelis postou mensagem em rede social afirmando que um primeiro estudo divulgado na Inglaterra mostra que ela pode ser tão severa quanto a delta. “Começa a cair por terra a tese prematuramente espalhada de que ela seria uma variante que causa sintomas “leves”!”, alertou.

A média móvel semanal de casos de covid no Brasil recuou hoje para 3.452/dia, de acordo com os dados do Conass. Uma semana atrás, estava em 7.133. No dia 1º deste mês, era de 8.966. A média móvel de óbitos está agora em 144, ante 168 no dia 11 e 232 no primeiro dia de dezembro.

Até ontem, pelo menos 141.322.921 pessoas tomaram a segunda dose ou dose única da vacina, segundo informações de consórcio de veículos de comunicação. Mas 13 unidades da federação não divulgaram dados. O número corresponde a 66,25% da população. Tomaram ao menos a primeira dose 160.555.061 pessoas (75,27%). Já a dose de reforço foi aplicada em 22.618.133 (10,6%).

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou redução do intervalo mínimo para aplicação da dose de reforço. O prazo passará de cinco para quatro meses, como já ocorreu, por exemplo, em São Paulo. 

Paris não é uma festa

A cidade de Paris cancelou as festas de réveillon na tradicional avenida Champs Elysees. O objetivo é evitar contágio, principalmente, pela ômicron. O primeiro-ministro francês, Jean Castex, disse ontem que as grandes festas públicas, incluindo eventos com fogos de artifício, seriam suspensos. Ele recomendou que as pessoas, antes de eventualmente saírem para festas, façam testes de covid-19. Inclusive as vacinadas.

No Reino Unido, de 90 mil casos neste sábado, 10 mil referem-se à ômicron. Autoridades europeias e norte-americanas acreditam que a nova variante poderá ser dominante em algumas semanas.