Manifestantes ocupam prédio da Secretaria estadual de Saúde em São Paulo
Reunidos em torno do Forum Popular de Saúde e outros grupos, eles pedem audiência com secretário para entregar pauta de reivindicações
Publicado 22/05/2013 - 11h14
Fachada do HC paulistano. Servidores estaduais da saúde exigem abertura de negociações com governo de Alckmin
São Paulo – Cerca de 200 manifestantes do Fórum Popular de Sáude, do MTST e dos movimentos Periferia Ativa e Resistência Urbana ocupam na manhã de hoje (22) o saguão do prédio da Secretaria Estadual de Saúde, em Pinheiros, zona Oeste de São Paulo. Eles pedem audiência com o secretário Giovanni Guido Cerri.
O objetivo dos manifestantes é entregar ao secretário uma pauta com quatro itens. No primeiro deles, reivindicam a realização de uma reunião entre goverdo do Estado e as prefeitura de Taboão da Serra e Embu das Artes. Com a troca de prefeitos no começo do ano, dizem os movimentos, o serviço de saúde teria piorado muito nestas cidades, com sucateamento, falta de material e de médicos e filas de até oito horas em pronto-socorros.
Eles também querem que o Hospital das Clínicas, mantido pelo governo do estado, revele o total de atendimentos realizados para a rede pública, via SUS, e para a rede privada, via convênios.
No terceiro ponto, o Fórum cobra o fim das internações compulsórias para dependentes químicos – o que estaria dessorganizando os equipamentos públicos de saúde mental – e pede a municipalização Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Itapeva, na Grande São Paulo.
Por fim, os manifestantes querem levar seu apoio à greve dos trabalhadores estaduais de saúde e exigir do secretário a abertura imediata de negocições com a categoria.
Greve
Os servidores públicos estaduais em greve desde o dia 2 estão realizando também hoje atos em frente aos hospitais Pérola Byngton, Darcy Vargas e Heliópolis, todos na capital.
De acordo com informações do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde), o objetivo é alertar a população sobre a greve, as reivindicações e também motivar os servidores que estão parados.
Os trabalhadores reivindicam 32,2% de reajuste salarial, relativos aos últimos cinco anos, aumento no vale refeição de R$ 8 para R$ 26,22, prêmio de incentivo igual para todos os funcionários e transparência na utilização da verba do Fundo Estadual de Saúde (Fundes).
O governo não ofereceu nenhuma contraproposta até agora. Na sexta-feira (24), às 10h, na Quadra dos Bancários, será feita uma assembleia para decidir sobre a paralisação.
Com informações dos repórteres Sarah Fernandes e Raimundo Oliveira