Dengue: Acre lidera notificações

Somado aos do Paraná, há mais de 10 mil casos suspeitos da doença

Ministério da Saúde identificou áreas de risco em 16 estados (Foto: James Gathany/Wikipedia)

São Paulo – O estado do Acre é o que registra os maiores números de notificações de casos de dengue no país. São 6.851 de casos suspeitos da doença, segundo o Ministério da Saúde. Os dados são preliminares. Na sequência, vêm Minas Gerais, com 3.058; Goiás, com 2.538; Espírito Santo, com 2.205 e Mato Grosso do Sul, com 1.301.

Segundo a assessoria de imprensa do ministério, o sistema recebe dados a todo momento. Como há suspeitas que são confirmadas e desmentidas, os números variam em relação aos anunciados pelos estados.

Na segunda semana de janeiro, o Ministério da Saúde divulgou um mapa de risco para a dengue no país. Foram consideradas áreas de alto risco de epidemia 16 estados: Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

O Paraná, embora tenha menos de mil casos notificados junto ao ministério e de ser classificada como tendo risco moderado de epidemia, já conta 3.484 suspeitas, dos quais 390 foram confirmados em 21 municípios, de acordo com a secretaria estadual.

O prefeito de Londrina, Homero Barbosa Neto (PDT), a 369 quilômetros da capital, decretou estado de emergência por causa do grande número de casos confirmados de dengue. São 144 casos confirmados em janeiro e mais de 1.100 casos suspeitos. A cidade sofre uma ameaça de epidemia da doença.

A secretaria municipal afirma que há um monitoramento constante por meio de uma “sala de situação”, que atualiza as estatísticas a todo momento. Tal estratégia prevê mais agilidade na notificação de casos por equipes médicas em cada cidade.

Saiba os últimos números relacionados à doença segundo dados das secretarias estaduais de Saúde.

Amazonas

O estado tem 800 notificações da doença e 234 casos confirmados. Ocorreram duas mortes por causa da doença e um caso de dengue tipo 4 (DENV 4). Uma pessoa que já entrou em contato com um dos outros três tipos da dengue e que seja infectada pelo DENV-4 se torna dez vezes mais chance de desenvolver a dengue hemorrágica. A forma hemorrágica é grave porque, segundo as estatísticas, há mortalidade em 10% dos casos. Em 10% dos casos hemorrágicos, os infectados morrem.

Mato Grosso

O estado registra 1.084 notificações da doença, sendo que cinco são considerados graves. Houve dois óbitos, um confirmado de dengue e outro ainda em investigação. Os números se referem ao período de 1º a 27 de janeiro. Em 2010, no mesmo período, foram notificados 12.113 casos.

Mato Grosso do Sul

São 1.133 notificações até o dia 22 de janeiro. Oito cidades são consideradas de maior risco: Bonito, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Ponta Porã e Três Lagoas. A capital, Campo Grande, tem o maior número de notificações segundo o boletim, são 649.

Pernambuco

Até 28 de janeiro, houve 513 notificações de dengue em 49 municípios pernambucanos. Isso representa um aumento de 12,3% em relação ao mesmo período de 2010, quando foram notificados 457 casos, sendo 175 confirmados. Em 2011 nenhum caso foi confirmado. Há dois casos suspeitos de dengue hemorrágica no estado, no mesmo período em 2010 não se registrou nenhum caso grave.

Rio de Janeiro

Foram notificados 923 casos suspeitos de dengue até 22 de janeiro. Em 2010, houve 1.447 no primeiro mês. Já na capital, até o dia 31, há notificação de 485. Houve um aumento de 341% em comparação a igual mês de 2010 (110 casos).

São Paulo

Embora a Secretaria de Saúde não tenha divulgado os dados relacionados a 2011,  o levantamento preliminar do Ministério da Saúde informa que são 908 os casos suspeitos. No ano de 2010 houve 185.994 notificações em todo o estado.

A cidade de Ribeirão Preto confirmou 177 casos da doença até o dia 26.  A Secretaria de Saúde da cidade investiga a morte, no dia 26, de uma auxiliar de enfermagem que pode ser a primeira vítima de dengue do estado de São Paulo neste ano.