Vacina salva

Brasil não registra mortes pela covid-19 no domingo de pré-carnaval

Foi o segundo dia sem mortes por covid-19 no país desde o início do surto, em março de 2020. Tendência positiva é resultado da vacinação

Arquivo Agência Brasil
Arquivo Agência Brasil
As vacinas serão aplicadas de segunda a sábado, das 7h às 19h, nas AMAs/UBSs integradas

São Paulo – A mortalidade pela covid-19 segue em queda no Brasil. Desde o início do surto, em março de 2020, em apenas dois dias não foram registradas mortes no país. O primeiro, no último dia de Natal, 25 de dezembro do ano passado. O segundo, ontem (12). O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), além da ausência de vítimas, também registrou número baixo de novos casos no dia: 298. A taxa de mortalidade, que superava os 3% durante a maior parte da pandemia, está em 1,9%.

A vacinação em massa da população permitiu a evolução positiva dos indicadores. Durante os piores dias do surto no Brasil, em abril de 2021, morriam mais de 3.500 pessoas por dia. Já o pior momento de disseminação da doença foi durante o início da vacinação, com a disseminação da variante ômicron. No dia 3 de fevereiro de 2022, o Conass registrou 298 mil novos casos. “Temos muita convicção na proteção das vacinas e lembro os brasileiros de completarem o esquema vacinal”, destacou a ministra da Saúde e ex-presidenta da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade.

O levantamento InfoGripe, da Fiocruz, confirma a tendência de redução dos riscos relativos à covid-19 no Brasil. Completam as boas perspectivas o avanço da vacinação em crianças. Muitos estados brasileiros já vacinam crianças a partir de seis meses de idade sem comorbidades. Especialistas pedem que os pais levem as crianças para que tomem as vacinas e também completem o esquema vacinal com as doses de reforço disponíveis de acordo com a faixa etária.

Conviver com a covid

“A maior parte dos estados segue com estabilização ou queda em um patamar relativamente baixo. A análise aponta para queda de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas)”, informa a Fiocruz. Por outro lado, existe uma leve tendência de aumento nos casos de SRAG relacionados com o vírus Influenza A, da gripe.

Contudo, a covid-19 está estável como o vírus respiratório mais relevante. Especialistas ainda avaliam características de sazonalidade do coronavírus, entretanto, o que se sabe é que se trata de uma ameaça que veio para ficar. “Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,3% para influenza A; 1,1% para influenza B; 24,8% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 61,7% para Sars-CoV-2.”

Já entre os vírus responsáveis por mortes, a covid-19 apresenta expressividade ainda maior. “Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 2,0% para influenza A; 0,5% para influenza B; 5% para VSR; e 91,0% para Sars-CoV-2.”