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Identificando a covid-19: estudos listam sintomas mais comuns

Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pelotas com 31 mil pessoas identificou os 11 sintomas mais comuns da covid-19 no Brasil

wikimedia commons
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Na China, que tem 4.636 mortes em uma população de 1,4 bilhão, autoridades anunciaram ontem (25) o confinamento de mais de 4 milhões de habitantes após a detecção de 39 casos

São Paulo – Um estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas identificou os 11 sintomas mais comuns da covid-19 entre os brasileiros. Em primeiro lugar, ficou a dor de cabeça, seguida pela perda ou alteração do olfato e do paladar e da febre. A pesquisa entrevistou 31.869 pessoas em 133 cidades e conseguiu caracterizar o desenvolvimento da doença, o que pode auxiliar no diagnóstico e na busca por atendimento médico. Na sequência, os sintomas mais relatados foram tosse seca, dor no corpo, dor de garganta, diarreia, dificuldade para respirar, tremores, palpitação e vômito.

Outro estudo, realizado pela Universidade do Sul da Califórnia, buscou entender se existe uma sequência para os sintomas da covid-19 aparecerem. Os pesquisadores analisaram 55 mil casos de pacientes conformados e encontraram uma ordem aparentemente prevalente para o aparecimento dos sintomas. A febre apareceu em primeiro lugar, depois o mais comum foi a tosse seca, seguindo-se as dores musculares e náusea ou vômito.

Em maio, um estudo com 2.013 pacientes de casos leves de covid-19 na Europa indicou que 87% deles tiveram perda de olfato e paladar. Em seguida, a dor de cabeça foi relatada por 70% dos participantes da pesquisa. A perda ou alteração do olfato e do paladar também são comuns em outras doenças respiratórias, como gripe ou resfriado comum. No entanto esse sintoma é mais predominante na covid-19 e pode durar semanas.

Os pesquisadores dos estudos consideram que conhecer a ordem dos sintomas da covid-19 pode ajudar os pacientes a buscarem atendimento médico mais cedo ou se isolarem precocemente, evitando a contaminação de muitas pessoas. Além disso, essa informação poderia ajudar os médicos a descartar outras doenças com sintomas semelhantes.