Paranapiacaba terá dois fins de semana de festival de inverno
Acompanhe também: uma viagem literária e fotográfica por São Paulo; Frida Kahlo em Curitiba; e homenagem a Dolores Duran
Publicado 17/07/2014 - 17h09
Beco do Batman, na Vila Madalena, São Paulo. Imagem e personagem do livro de João Correi Filho
Festival de inverno de Paranapiacaba
O tradicional Festival de Inverno de Paranapiacaba, no ABC paulista, terá em sua 14ª edição cerca de 60 atrações. Simoninha, Mariana Aydar, Duofel, Marina de la Riva, Clube do Balanço, Mônica Salmaso, Izzy Gordon, Carlinhos Antunes, Quinteto Mundano, entre outros artistas. Serão dois fins de semana, dias 19 e 20 e 26 e 27 de julho, de manhã até a noite. Os show serão realizados no palco da Praça do Mercado, no Clube União Lyra-Serrano – que neste ano relembra o centenário de nascimento de Dorival Caymmi – e em um palco na Rua Direita. Para os shows no Lira, ingressos devem ser retirados na bilheteria uma hora antes. As principais ruas da Vila de Paranapiacaba serão palco de várias intervenções artísticas. Confira a programação. Grátis.
São Paulo literária
Grandes escritores são os cicerones de um passeio pela capital paulista. São Paulo, Literalmente (Ed. Leya, 400 págs.) é o terceiro guia literário do jornalista João Correia Filho, autor de Lisboa em Pessoa e À Luz de Paris e colaborador da Rede Brasil Atual. Desta vez, ele apresenta a Terra da Garoa por meio de 11 itinerários divididos por regiões e apresentados principalmente por autores ligados ao Modernismo, movimento artístico que nasceu em São Paulo no século 20. Além de Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida, Correia visita outros escritores e outras épocas: começa o passeio pelos textos dos padres jesuítas, passa por Castro Alves, Álvares de Azevedo, segue com Monteiro Lobato, Alcântara Machado, João Antônio e Ignácio de Loyola Brandão e chega a contemporâneos como Marçal Aquino e Luiz Ruffato. O trajeto começa no Triângulo Histórico da capital, onde a cidade nasceu, passa pelas regiões da República, Bixiga (Bela Vista), Liberdade e Luz. Depois vai para a Avenida Paulista, Consolação e Higienópolis e daí para os quatro cantos cardeais.
O texto alia história, literatura e pontos turísticos conhecidos e outros nem tão habituais da capital paulista. Ilustrado com fotos feitas pelo próprio João Correia, o livro conta com um mapa que situa o leitor nos itinerários e um manual com dicas de locomoção, de eventos, sites, endereços e telefones úteis. “O lance do guia é dar outro filtro para olhar esses locais. Por exemplo, a Estação da Luz está cercada de referências culturais, como Mário e Oswald. Tem lugares clássicos da cidade, como o Monumento às Bandeiras, mas sempre com o olhar da literatura. Neste caso, falo mais do Victor Brecheret e da relação dele com o Mário e o Guilherme de Almeida”, afirma o autor, que garante que São Paulo, Literalmente não é um livro apenas para literatos e leitores compulsivos, já que inclui informações turísticas e culturais necessárias para desfrutá-las. R$ 90.
Frida Kahlo
A partir de 17 de julho, o Museu Oscar Niemeyer recebe a exposição Frida Kahlo – As Suas Fotografias, inédita no Brasil. A mostra reúne 240 imagens feitas por dois fotógrafos profissionais da família da artista mexicana, seu pai Guillermo e seu avô materno, além de fotos feitas por ela, pela alemã Gisèle Freund e pelo húngaro Nickolas Muray, que conviveram com a pintora durante anos. O conjunto de imagens dividido em seis seções conta como foi a vida de Frida Kahlo, do sofrimento de seu corpo acidentado à sua arte e paixões. Em cartaz até 2 de novembro, de terça a domingo, das 10h às 18h, na sala 3 do MON – Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico, em Curitiba. R$ 3 e R$ 6. Informações em www.museuoscarniemeyer.org.br.
Tributo a Dolores
Quando o DJ Zé Pedro, da gravadora Joia Moderna, ouviu Nina Becker interpretar canções de Dolores Duran em uma pequena casa de show de São Paulo, soube de imediato que deveria registrar o tributo. O disco solo Minha Dolores não traz apenas as dores e a fossa da musa do samba-canção, morta em 1959, aos 29 anos, mas sim canções mais “solares” como Estrada do Sol, que ela fez com Tom Jobim, em 1958. Nina Becker, ex-integrante da Orquestra Imperial, formada no Rio de Janeiro, deu à obra da Dolores um toque moderno tanto nos arranjos quanto na interpretação, cheia de ternura e finesse. Tradição, Estatuto de Boite, O Amor Acontece, Coisas de Mulher e Feiúra Não É Nada estão entre as 13 músicas do álbum, que pode ser ouvido de graça em www.minhadolores.com.