Cartas da edição 68 – fevereiro/2012

Educação e esporte Sou professor e considero essa situação muito triste (“Só com amor à camisa”, sobre a precariedade do ensino de educação física, edição 66). Estou pensando em como […]

Educação e esporte

Sou professor e considero essa situação muito triste (“Só com amor à camisa”, sobre a precariedade do ensino de educação física, edição 66). Estou pensando em como vai ser a volta às aulas, como vou trabalhar com meus alunos sem ter local nem materiais adequados. Situação interessante é quando ocorrem os Jogos Escolares de Minas Gerais. Os diretores querem que coloquemos nossos alunos para participar, sendo que muitas vezes eles nunca sequer viram um material e local oficial onde os esportes acontecem.
Fernando Magela, Gov. Valadares (MG)

Guarani-Kaiowá

Uma vergonha para o Brasil, em especial para o governo (“Alerta vermelho”, edição 66). De que adianta o progresso se regredimos no que toca à vida humana, em especial das minorias indígenas. Apesar de serem os donos originais das terras brasileiras, eles têm sido vítimas de um genocídio desde o primeiro dia em que o homem branco pôs os pés nelas.
Coriolano Correa, Tora
(Santarém/Portugal)

Santa Cruz

No Esporte Esportivo, meu blog sobre futebol, já havia analisado o fenômeno que é a torcida do Santa Cruz. Eu me arrisco a dizer que nenhuma outra torcida no mundo seria capaz de levar 40 mil torcedores por jogo para apoiar seu clube na quarta divisão. Parabéns, guerreiros.
Washington Fazolato, Duque de Caxias (RJ)

Marighella

Carlos Marighella era um grande terrorista. Tinha escrito e publicado um livro sobre terrorismo. Este tinha sido traduzido para o árabe e era lido em sala de aula para as crianças muçulmanas aprenderem a arte da guerra e da violência através do terror. Por isso não considero Carlos Marighella um herói. Sou pacifista e sigo a cartilha dos hippies: paz e amor.
Emanuel Lima, Taguatinga (DF)

Falha técnica

Algumas linhas da reportagem “Civilização de riscos”, na seção Ambiente, da edição de janeiro (67), acabaram suprimidas em alguns exemplares, logo abaixo da foto maior da página 21, devido a uma falha técnica. Segue o trecho prejudicado completo:

Para Claudia, o problema central é desafiar os limites que a natureza impõe ao desenvolvimento. Desde a colonização da região de Blumenau por europeus existe a ideia de que desmatar é desenvolver. “Nas cartas dos colonizadores no século 19 a mata aparece como inimigo a ser vencido pela civilização”, afirma. Hermann Bruno Otto Blumenau deu início à cidade à beira do Rio Itajaí-Açu para atender à necessidade da colônia de transporte fluvial. Hoje, os municípios que mais crescem e recebem investimentos empresariais são os que não sofrem com alagamentos. “Cidades que alagam têm ritmo de crescimento mais lento”, observa a professora.

Em Teresópolis (RJ), Neliane de Paula Borges foi surpreendida na madrugada de 12 de janeiro de 2011. Acordou com o choro da filha pequena e passou a ouvir sons de um barranco próximo desmoronando, vizinhos gritando. Casas de seus familiares foram atingidas em diversas partes da cidade durante dois dias de chuvas. Três parentes morreram. Da antiga casa, até hoje interditada, só restaram documentos. “É uma dor terrível ver desabar o lugar onde você cresceu.”

Acesso o PDF da reportagem