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Grandes e reais

Nove esculturas hiper-realistas de Ron Mueck ficam expostas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro até 1º de junho. O australiano radicado em Londres reproduz o corpo humano […]

Nove esculturas hiper-realistas de Ron Mueck ficam expostas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro até 1º de junho. O australiano radicado em Londres reproduz o corpo humano com tanta precisão que, não fosse pelo tamanho, as obras poderiam facilmente ser confundidas com seres reais. Além das seis esculturas que já passaram por Buenos Aires e Paris, o artista criou outras três especialmente para a mostra que leva seu nome: Woman with Shopping, Young Couple e a maior obra da exposição, Couple Under a Umbrella, com 3 metros de altura. De terça a sexta, das 12h às 18h e aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 19h, na Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, (21) 3883-5600. R$ 7 e R$ 14.

 

Altos e baixos

entrevales03.jpgO que acontece quando se perde tudo? Onde fica o fundo do poço? Vicente (Ângelo Antônio) é um economista casado e com um filho que, depois de várias perdas seguidas, muda de identidade e passa a viver em um aterro sanitário. Filmado no lixão do Jardim Gramacho (em Duque de Caxias, RJ), o maior da América Latina, o segundo longa-metragem de Philippe Barcinski, Entre Vales, mostra a dramática história de Vicente ladeira abaixo e, depois, a reconstrução de sua vida, como Antônio. Com estreia nacional prevista para a segunda semana de maio, o filme tem no elenco o uruguaio Daniel Hendler, Inês Peixoto, Matheus Restiffe e Melissa Vettore. Nos cinemas.

 

Futebol e cultura

Capa2.jpgNa escola, os amigos de Juca dizem que ele não joga bem futebol e por isso não o aceitam no time. Incentivado pelo tio, o garoto decide convocar jogadores mirins nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo. Além de ser bons de bola, os escolhidos devem ter conhecimento e comprometimento com a cultura do país e da cidade onde mora. No livro Jovens Craques do Brasil Futebol Clube (Ed. Leitura & Arte, 48 pág.), Nereide Schilaro Santa Rosa aproveita o gancho da Copa para apresentar aos leitores infantojuvenis a cultura regional e as modalidades de futebol vindas de cada lugar. Festa do boi, frevo, capoeira, os jogos indígenas, as peladas no campinho de várzea… A história de cada jogador revela a enorme riqueza do Brasil. Preço sob consulta.

 

Poesia e artes plásticas

IMG_1759.jpgA mostra Narrativas Poéticas, em cartaz até 20 de julho no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, apresenta 58 obras de expoentes do Modernismo combinadas com fragmentos de poemas de 23 autores brasileiros. Pinturas, gravuras e desenhos de 38 artistas, entre eles Di Cavalcanti, Candido Portinari, Cícero Dias e Aldo Bonadei se relacionam com trechos de poemas de Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Mário de Andrade e Vinicius de Moraes. Os textos estão espalhados pela sala: impressos em alto-relevo, adesivados nas janelas, projetados no chão e anunciados em painéis sonoros.
A exposição conta com quatro obras táteis para pessoas com deficiência visual.
De terça a domingo, das 10h às 18h, na Praça da Luz, s/n, Centro, São Paulo,
(11) 3322-0080. R$ 3, R$ 6 e grátis aos sábados.

 

Tributo

belchior1.jpgO clássico álbum Alucinação, gravado por Belchior em 1976, acaba de ganhar uma releitura feita por jovens músicos brasileiros. O projeto do jornalista Jorge Wagner é uma homenagem ao cantor cearense, ultimamente mais lembrado pelo seu sumiço que pela sua obra. O álbum Ainda Somos os Mesmos tem Como o Diabo Gosta por Lucas Vasconcellos, Como Nossos Pais na voz de Phillip Long e Apenas um Rapaz Latino-Americano com Dario Julio & Os Franciscanos. Há versões indies moderninhas e arranjos bem próximos aos das canções originais. Outros clássicos de Belchior, como Medo de Avião, Paralelas e Todo Sujo de Batom, foram registrados no EP Entre o Sonho e o Som, para completar a homenagem. O disco e o EP estão disponíveis para download gratuito no site Scream & Yell no link bit.ly/rdb_belchior.

 

Sob(re) o olhar de Salgado

Da-minha-terra-à-Terra_capa.jpgApesar de as fotografias de Sebastião Salgado serem famosas no mundo todo, sua história pessoal era pouco conhecida até o lançamento do livro Da Minha Terra à Terra (Companhia das Letras, 176 pág.). A biografia escrita por ele em parceria com a amiga Isabelle Francq mostra o homem além do mito. Não há uma fotografia sequer (além da capa). O que importa na obra é apresentar a trajetória que moldou um dos melhores fotógrafos do mundo, um profissional cujo trabalho vai muito além do pleno domínio técnico. Da Minha Terra à Terra foi feito a partir de uma série de entrevistas que Isabelle fez com Salgado às vésperas da apresentação do projeto Gênesis, uma série de reportagens dedicadas aos lugares intocados no planeta, cujo material virou livro e uma exposição itinerante que tem percorrido o mundo desde o ano passado. Depois de ter registrado guerras, miséria e tanta desgraça humana, Salgado diz ter recuperado a fé na humanidade com seu último e maior projeto. “Gênesis me fez ter consciência de que de tanto nos afastarmos da natureza, com a urbanização, nos tornamos animais muito complicados; de tanto nos tornarmos estrangeiros no planeta, nos tornamos seres estranhos. Mas não se trata de um problema insolúvel. A solução passa pela informação – e ficarei feliz se puder ter contribuído com ela”, conclui.