Cartas publicadas na edição 74

Editorial Clamando pela “liberdade de expressão”, os maiores grupos de comunicação do país se articulam para impedir qualquer tipo de regulamentação em um setor vital para o efetivo exercício da […]

Editorial

Clamando pela “liberdade de expressão”, os maiores grupos de comunicação do país se articulam para impedir qualquer tipo de regulamentação em um setor vital para o efetivo exercício da democracia (editorial “A vida, hoje e sempre”, ed. 73). No entanto, esses mesmos grupos não se manifestam contra os grandes anunciantes que exercem forte pressão sobre eles. O resultado desse conúbio é a liberdade de expressão para quem pode comprá-la.
Amauri Almeida

 

Lalo Leal

Gostei da reportagem “O espetáculo olímpico” (ed. 73), de autoria de Lalo Leal. A Globo, sempre querendo monopolizar a cobertura dos grandes eventos, teve de pagar à Record pelo direito de retransmissão das imagens dos Jogos Olímpicos de Londres. Parabéns, Lalo. Quero cumprimentar também a revista pela reportagem “Sob suspeita” (ed. 72). Só não concordei com a capa. Na minha opinião, deveria ser uma ilustração mostrando o Civita, em seu sítio, se afogando numa piscina logo abaixo de uma cachoeira.
João Batista Prado Jacinto

 

Dedé Passos

Por ser do estado do Espírito Santo, ele amava as músicas do seu conterrâneo Roberto Carlos (“Perdemos um amigo”, ed. 73). Valeu, companheiro e bom amigo Gilmar Carneiro, pela crônica em homenagem ao Dedé. E pode ter certeza: ele está hoje na paz celestial, cantando sempre lá em cima para todos nós. Eu também gostava do Dedé. Muitas vezes eu conversava com ele; falávamos inclusive sobre sua cidade natal, Domingos Martins, próxima a Cachoeiro do Itapemirim, na qual ele passou toda a infância. Engraçado que sempre conversamos muito, mas eu nunca soube o nome completo do Dedé.
José Aguiar

 

Veja e Cachoeira

 

A quem ainda tiver alguma dúvida sobre como pensa e age o senhor Roberto Civita, sugiro a leitura de uma entrevista que ele concedeu há alguns meses ao jornal Valor Econômico. Com algum senso de observação, é possível percebê-lo como alguém controlador, que não hesita em afirmar que seus funcionários “têm de estar alinhados à sua visão”. Quanto à Veja, uma das melhores decisões que já tomei foi cancelar a minha assinatura logo após a vergonhosa campanha em favor da eleição de Fernando Collor. De lá para cá, não quero a revista nem de graça.
Washington F. Barbosa, Duque de Caxias (RJ)

Moçambique

Vocês, como sempre, estão de parabéns. Primam pelo compromisso e responsabilidade de informar com qualidade e “deixam a alma humana em espetáculo” (parafraseando o escritor moçambicano Mia Couto) ao nos fazer acreditar que é possível manter a ética, o caráter, a verdade, informar sem partidarismo e tampouco machucar ou magoar alguém. Como fã de Mia Couto, não posso deixar de elogiá-lo, assim como a reportagem sobre a educação em Moçambique. Histórias diferentes que, em termos de educação, nos lembram algumas regiões brasileiras abandonadas pelo poder público – uma triste constatação –, nas quais podemos observar a importância das ações privadas e do voluntariado.
Francisca Rosa P. Batista, São Paulo (SP)