Debate presidencial na TV Record

O terceiro e penúltimo debate entre Dilma Rousseff e Aécio Neves antes das votações do segundo turno. Siga a descrição ao vivo.

Aécio encerra sua participação no debate da TV Record com agradecimentos aos eleitores e defendendo a necessidade de mudança na gestão da máquina federal. Ao fim de sua fala, o público convidado do PSDB fez barulho nos estúdios.

Em suas considerações finais, Dilma envia recado à classe média: “a vitória é sua, mas se você cresceu, foi também porque o Brasil mudou”. A presidenta ressaltou a manutenção de direitos durante a crise como prioridade para os próximos anos.

Aécio cobra Dilma por infraestrutura, e presidenta convida tucano a “conhecer melhor o país”: presidenta cita PAC e obras da Copa do Mundo, além de investimento em energia. “Por isso no nosso tempo não teve apagão”, ressaltou. O tucano centrou críticas a obras consideradas por ele inacabadas, como a transposição do São Francisco.

Dilma abre terceiro bloco falando em educação superior, destacando programas do governo federal de acesso às universidades. O tucano respondeu falando sobre creches: Aécio voltou a dizer que pretende fundar “a Nova Escola Brasileira”, sem especificar do que se trata esse projeto. A presidenta relembrou que o PSDB foi contra o ProUni e entrou contra o programa na Justiça.

Dilma e Aécio voltam a contrapor investimento público massivo em educação técnica contra a meritocracia como instrumento de gestão pública e aprimoramento dos educadores. Para o tucano, o Pronatec não “ensina o suficiente”, e Dilma lembra que, no governo FHC, o governo federal era proibido de construir escolas técnicas.

No debate sobre segurança pública, Dilma usa exemplo da Copa do Mundo e sugere mudar a Constituição para que o governo federal mantenha gabinete integrado com governos estaduais no combate ao crime. Aécio promete comandar pessoalmente a política nacional de segurança de seu governo, e volta a ameaçar países vizinhos “que produzem as drogas que matam aqui”.

Após relembrar denúncias de corrupção na Petrobras, Aécio ataca gestão da empresa. Dilma retrucou relembrando era FHC: “vocês venderam 30% da Petrobras ao mercado a preço de banana. Não tem moral pra falar do valor da Petrobras”. Presidenta ressaltou ainda que nos últimos oito anos a Petrobras extraiu volume de petróleo equivalente ao explorado nos últimos 30 anos.

Termina o primeiro bloco

No primeiro bloco do debate entre os candidatos à Presidência da República na TV Record, poucos ataques e muita demarcação de território nas trocas entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Eles apresentaram suas posições sobre combate à violência, pequenas e médias empresas, combate à inflação, transferência de renda. Ao fim do primeiro bloco, o tucano retomou os casos de corrupção na Petrobras para pressionar a presidenta.

Dilma retrucou com casos de corrupção do PSDB: pagamento feito a Sèrgio Guerra (PSDB) para abafar uma CPI, máfia dos trens e metrô em São Paulo e casos do governo FHC, como a pasta rosa, a compra da reeleição e o caso Sivam. “Vocês arquivaram 242 investigações que envolviam deputados, senadores e ministros”, afirmou. Já Aécio arrancou aplauso da claque tucana ao criticar as relações diplomáticas mantidas pelo Brasil com países vizinhos.

Na pergunta final, Dilma citou relatório do TCE sobre gasto estadual com saúde em Minas Gerais: no documento, o relator do processo considerou “duro de engolir” que compras de vacinas de cavalo estivessem sendo contabilizados como gastos com saúde. Aécio voltou a criticar a presença de médicos cubanos no programa Mais Médicos.

Começa o debate na TV Record

Dilma Rousseff abre o terceiro debate presidencial perguntando sobre micro e pequenas empresas. Tema propositivo demonstra suavização do tom do discurso, depois de embate duro nos encontros anteriores.