Indígena quer que Comissão da Verdade investigue genocídio praticado por militares

Tiuré Potiguara afirma que a orientação na ditadura militar determinava o extermínio dos índios que se opusessem aos projetos do governo. O indígena, que trabalhou na Funai, conta que em 10 anos foram mortos 1.800 índios só da etnia Parakatejê, que viviam na região de Marabá, no sul do Pará. Ele revela, ainda, que vários indígenas também foram escravizados nesse período. O conhecimento desses atos macabros lhe rendeu a ira dos militares. Tiuré foi preso duas vezes, torturado e teve de se exilar. Hoje, luta para que a Comissão da Verdade investigue as violações aos direitos humanos dessa população. Reportagem de Lúcia Rodrigues

Tiuré Potiguara afirma que a orientação na ditadura militar determinava o extermínio dos índios que se opusessem aos projetos do governo. O indígena, que trabalhou na Funai, conta que em 10 anos foram mortos 1.800 índios só da etnia Parakatejê, que viviam na região de Marabá, no sul do Pará. Ele revela, ainda, que vários indígenas também foram escravizados nesse período. O conhecimento desses atos macabros lhe rendeu a ira dos militares. Tiuré foi preso duas vezes, torturado e teve de se exilar. Hoje, luta para que a Comissão da Verdade investigue as violações aos direitos humanos dessa população. Reportagem de Lúcia Rodrigues