Após o encontro nesta segunda-feira (2), com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, José Miguel Insulza, um dos advogados de defesa de Fernando Lugo, Adolfo Ferreiro, afirmou que o presidente deposto foi vítima não de um julgamento político mas de uma decisão política, o que é proibido pela Constituição, segundo ele. Sobre o que a OEA deve decidir em relação ao Paraguai, o advogado afirmou que a comunidade internacional tem tido critérios comuns, como acolher a denúncia de que o presidente Lugo foi julgado sem as garantias constitucionais do devido processo e sem direito de defesa. A defesa deve recorrer nesta terça-feira (3) ou quarta, à Corte Suprema de Justiça com uma ação de inconstitucionalidade. O problema, segundo Adolfo Ferreira, é que até agora o Congresso não entregou os documentos que eles apresentaram em juízo, para que Lugo possa recorrer. Mas existe pouca expectativa junto à Corte Suprema porque ela mesma está sob a ameaça do Congresso, segundo ele. Caso a instituição não faça o que os congressistas desejam ela será destituída, explicou Ferreiro. Entrevista à repórter Marilu Cabañas.