Urnas eletrônicas que serão usadas em 2024 começam a ser testadas. Eleições terão 220 mil novos equipamentos
Eleitores escolherão prefeitos e vereadores no ano que vem
Publicado 15/05/2023 - 18h13
São Paulo – As urnas eletrônicas, alvo de polêmicas provocadas pelo bolsonarismo no ano passado, voltaram a ser acionadas nesta segunda-feira (15). O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) iniciou o primeiro ciclo de manutenção dos equipamentos, já com vistas ao processo eleitoral do ano que vem – prefeitos e vereadores. No total, 101.940 urnas em todo o estado vão passar pelo processo.
Segundo o tribunal, o objetivo “é identificar eventuais problemas e diminuir a ocorrência de falhas na operação das urnas no dia da votação”. Essa manutenção é de equipamentos dos modelos 2010, 2011, 2013 e 2015. A verificação das urnas eletrônicas versão 2020 ainda depende de autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já as de 2009 não passarão pelo procedimento, porque devem ser substituídas pelo modelo novo. “Todas as zonas eleitorais e postos de atendimento do Estado que mantêm os aparelhos de votação deverão realizar a verificação”, informa ainda o TRE.
Novos modelos
Dessa forma, o primeiro ciclo de manutenção deve se estender até 28 de julho. Inclui o chamado Sistema de Teste Exaustivo (STE), “que analisa todas as funcionalidades do equipamento”. O procedimento “ocorre periodicamente a fim de garantir a fluidez da votação”. A segunda fase dos testes é feita no próximo semestre.
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As urnas modelo 2022 começaram a ser produzidas no último dia 4. A previsão é de que 219.998 equipamentos estejam prontos até fevereiro do ano que vem para uso no processo eleitoral, substituindo as versões 2009 e 2010. O sistema eletrônico foi adotado no Brasil em 1996.
Segurança da votação
“O uso da tecnologia foi uma resposta efetiva às fraudes que ocorriam desde os tempos do Império”, diz o TRE paulista. “A urna é auditável, passível de fiscalização e não está conectada à internet, o que garante a segurança da votação.”
Assim, o Brasil tem hoje 156,7 milhões de eleitores aptos a votar. Desse total, 34,7 milhões (22%) estão em São Paulo.
