Um em cada cinco senadores será suplente na volta do recesso

Número quase dobrou desde o início do ano com mudanças nos ministérios

Projeto em tramitação prevê veto a suplência por parentes (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil – arquivo)

São Paulo – A retomada das atividades do Senado, na próxima semana, trará uma composição um pouco diferente para a Casa. Oito meses após o início da legislatura, 15 dos 81 senadores são suplentes – quase um em cada cinco. No começo do ano, eram apenas oito os senadores que ocupavam cargos sem terem encabeçado chapa na eleição.

Edison Lobão (PMDB-MA) e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) foram os primeiros titulares a se licenciar para assumirem, respectivamente, os ministérios de Minas e Energia e da Previdência Social. Depois, Geovani Borges (PMDB-AP) ocupou a vaga de seu irmão, Gilvam Borges (PMDB-AP); Sérgio Souza (PMDB-PR) substitui Gleisi Hoffmann (PT-PR), nomeada para a chefia da Casa Civil da Presidência da República; e Antonio Russo (PR-MS) assumiu no lugar de Marisa Serrano (PSDB-MS), que renunciou para tomar posse como conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso do Sul.

Com o falecimento de Itamar Franco, em 2 de julho, Zezé Perrella (PDT-MG) assume o mandato de maneira definitiva. Reditario Cassol (PP-RO), pai de Ivo Cassol (PP-RO), é o mais veterano do novo grupo. Assume mandato aos 75 anos, dono de um patrimônio declarado de R$ 8,9 milhões, no lugar do filho, licenciado. Outro que cede lugar temporariamente é João Ribeiro (PR-TO), substituído por Ataídes Oliveira (PSDB-TO).

Mudanças

Parte dos atuais suplentes não assumiria agora o cargo se já estivessem em vigor os pontos previstos na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, de 2011. O texto, que pode ser votada já em agosto no Senado, veta a suplência por parentes consanguíneos até segundo grau. Além disso, reduz-se de dois para um o número de suplentes, com substituição de caráter temporária e a convocação de eleições para escolha de um novo titular no pleito subsequente.

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) pretende apresentar uma alteração à atual proposta. Para ele, o correto é que os suplentes de senadores sejam os candidatos não eleitos para o cargo, ordenados de acordo com a votação que obtiverem.

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