Apressado

Tarcísio sanciona privatização da Sabesp menos de 48 horas após aprovação do projeto

O governador paulista avisou sobre a sanção em tempo recorde após evento nesta sexta. A transferência do controle acionário da lucrativa empresa de saneamento é alvo de judicialização

Rogério Cassimiro/GOVSP
Rogério Cassimiro/GOVSP
Governador bolsonarista ligeirinho não quer dar tempo para a devida análise

São Paulo – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou na tarde desta sexta-feira (8) a transferência do controle da Sabesp para a iniciativa privada. A promulgação da lei ocorre menos de 48 horas após a aprovação do projeto de sua autoria, na noite de quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa.

“O projeto acabou de ser sancionado, deve estar sendo publicado no Diário Oficial agora”, afirmou Tarcísio, depois de participar de evento na capital paulista. “A adesão dos municípios é voluntária e a gente está procurando mostrar para os municípios a vantagem, os investimentos que serão feitos nos próximos anos e como vai ficar para o cidadão de cada município”, acrescentou. A Lei 17.853 foi publicada em edição extra.

Marcada por protestos e violência policial contra os trabalhadores, a votação está sendo questionada na Justiça por deputados da bancada do Psol. Os parlamentares pedem a anulação da votação, levando em conta as ilegalidades envolvendo o próprio projeto de autoria do governo de Tarcísio de Freitas, a tramitação e a violência policial. Mas a gestão estadual ainda terá que garantir aval das Câmaras Municipais e cumprir reuniões e audiências públicas até que a oferta pública de ações na Bolsa de Valores seja realizada.

Além disso, segundo o sindicato dos trabalhos nos serviços de saneamento básico, o Sintaema, na prática nada deve mudar assim de imediato, como tem alardeado Tarcísio ao mercado. Isso porque há ainda um longo caminho, com etapas a serem percorridas nos próximos meses, envolvendo contratos com diversos municípios. E também processos de judicialização, com os quais, aliás, ele nem sempre foi bem sucedido.

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Redação: Cida de Oliveira


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