Souto vai à Justiça contra Jaques Wagner por faixa na torcida do Bahia

O candidato ao governo da Bahia pelo DEM, Paulo Souto (Foto:Divulgação/Flickr) São Paulo – O candidato de oposição ao governo da Bahia, Paulo Souto (DEM) promete entrar com uma representação […]

O candidato ao governo da Bahia pelo DEM, Paulo Souto (Foto:Divulgação/Flickr)

São Paulo – O candidato de oposição ao governo da Bahia, Paulo Souto (DEM) promete entrar com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-BA) contra a coligação do governador Jaques Wagner (PT).

Ele alega que o petista usou uma torcida organizada do Esporte Clube Bahia para se beneficiar eleitoralmente durante o último jogo do time em Salvador, na noite de terça-feira (21). Nos alambrados do estádio, havia uma faixa em que torcidas organizadas agradeciam ao Governo pela recuperação do Estádio de Pituaçu.

O local, reinaugurado no ano passado, agora sedia os jogos do tricolor baiano. Na faixa, estava escrito: “O Bahia agradece Pituaçu. O Tricolor de Aço agradece ao Governo por este estádio moderno e confortável”.

A faixa era assinado por torcidas ligadas a grupos de oposição ao presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho – Revolução Tricolor, Unidade Tricolor e Bahia Livre. Além do anúncio no estádio, o mesmo agradecimento apareceu nas páginas de jornais de grande circulação da cidade.

Para a advogada da coligação do DEM, Débora Guirra, não resta dúvidas de que Wagner usou os torcedores para tirar proveito eleitoral e também praticou abuso de poder econômico. “Ninguém em sã consciência vai achar que colocou aquilo sem autorização de Wagner”, acusa a advogada, segundo o Último Segundo.

A mesma placa aparece também em um outdoor móvel que ficou exposto ao longo da avenida Paralela, que margeia a praça esportiva. A atitude de Paulo Souto foi seguida pela diretoria do clube, que emitiu nota oficial em que classifica o anúncio como uma tentativa clara de beneficiar o governador.

As duas principais torcidas organizadas do time, Povão e Bamor, também apoiaram a moção de repúdio e se disseram não representados pela publicidade, segundo eles feita por uma minoria de torcedores.

Procurada para falar sobre o assunto, a advogada Carla Nicolini, da coordenação jurídica da campanha de Jaques Wagner, informou que ainda não tem conhecimento da ação, portanto não pode opinar sobre o caso.