Candidato à reeleição, Marcelo Déda é absolvido pelo TSE
Governador do SE enfrentava processo de cassação por suposto uso da máquina pública quando era prefeito
Publicado 22/09/2010 - 19h04
Rio de Janeiro – Em decisão unânime, o tribunal Superior Eleitoral absolveu o governador do Sergipe e candidato à reeleição Marcelo Déda (PT). Ele era acusado de usar a máquina pública para ajudar na sua eleição para governador. Em 2006, Déda era prefeito de Aracaju (SE). Os ministros consideraram que o então prefeito havia cometido irregularidades os discursar em eventos patrocinados pela Prefeitura, mas que esses atos não configuram abuso de poder político.
“A análise dos fatos e provas constantes dos autos, no contexto geral de eleições estaduais, leva a concluir que essas condutas irregulares praticadas por Marcelo Déda, em março de 2006, mais de seis meses antes do pleito, não tiveram potencial lesivo suficiente para macular (as eleições)”, concluiu o ministro Aldir Passarinho Junior, relator do processo.
>> Presidente do PT pede a militantes ‘cabeça fria’ e ‘coração quente’ na reta final
>> Jarbas Vasconcelos briga com prefeitos pró-Campos em PE
>> TSE prorroga para 30 de setembro prazo para reimpressão de títulos eleitorais
>> Prefeitos mineiros publicam carta de apoio a voto ‘Dilmasia’
Marcelo Déda discursou em shows organizados pela Prefeitura. Os eventos contaram com a participação de artistas como Fábio Jr., Ana Carolina e Dudu Nobre. Em suas falas, Déda enalteceu obras efetuadas pela administração municipal e comparou suas realizações com as do governo estadual. A ação foi impetrada pelo antigo Partido dos Aposentados da Nação (PAN), partido incorporado pelo PTB, que declarou que não tinha interesse em manter o processo. No entanto, o relator originário, ministro Felix Fischer, considerou que a ação era de natureza pública.
Pelo Twitter, o candidato comemorou o resultado da ação. “Em todas as minhas declarações repeti como um mantra a minha confiança em Deus e na Justiça Eleitoral do meu país. Não confiei em vão”, escreveu Déda.