Força do trabalhador

Servidores municipais avançam nas negociações por melhores condições de trabalho

Funcionários públicos municipais de São Paulo conseguem propostas da Prefeitura por melhores condições. Contudo, ideia é de seguir com a luta

Divulgação/Sindsep
Divulgação/Sindsep
"Estão aqui aqueles que nunca desistiram do reajuste para todos", disse o presidente do Sindsep

São Paulo – Milhares de servidores municipais de São Paulo realizaram na tarde de hoje (1º) uma assembleia unificada no centro da cidade. Os trabalhadores ocuparam o Viaduto do Chá, em frente ao prédio da Prefeitura. Eles estão mobilizados há meses por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. A gestão municipal, diante das manifestações e ações sindicais, cedeu em alguns pontos.

O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) considera o movimento vitorioso. Contudo, cobra maiores avanços. Inicialmente, a posição é de não negar as propostas da Prefeitura, mas avançar nas negociações. Entre as ofertas da prefeitura, estão um reajuste anual de 5% a partir de maio; reajuste na mesma proporção do Vale Alimentação e Auxílio Refeição; criação de centro de orientação e núcleo de orientação e proteção à saúde mental do servidor; entre outros.

As propostas da Prefeitura para os servidores

“Estão aqui aqueles que nunca desistiram do reajuste para todos. Hoje, enterramos não só a tentativa da destruição das carreiras públicas. Não estamos apenas enfrentando a reestruturação por subsídio. Vamos derrotar de uma vez por todas as reestruturações de carreira, as tentativas de fracionar, dividir e enfraquecer o funcionalismo”, disse o presidente do Sindsep, João Gabriel Buonavita.

Mais resoluções

Buonavita também puxou um movimento de solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), alvo de perseguições da extrema direita em CPI na Câmara dos Deputados. “O movimento camponês, o MST, está passando por uma dura perseguição, assim como o movimento indígena. Proponho que esta assembleia apresente uma moção de apoio”, disse.

“Vamos construir e solidificar a unidade do movimento. Saúdo os companheiros que vieram aqui e acrescentaram à unidade. Não vimos propostas contraditórias entre as entidades. Propostas estão acrescendo. Entendemos que os movimentos ratificam as propostas e apontam para um horizonte de continuidade da luta”, completou o presidente do sindicato.

Finalmente, a assembleia fixou os seguintes termos:

  • Não rejeitar as propostas do governo para o funcionalismo.
  • Continuidade da luta junto a Câmara Municipal de São Paulo para que o governo cumpra com as propostas e avançarmos mais.
  • Criação do comitê unificado de luta pela revogação do confisco de 14%.
  • Abrir grupos de trabalho com a base, para discutir as condições de trabalho em todos os setores da PMSP.
  • Nota de solidariedade aos companheiros do MST e aos povos indígenas contra o Marco Temporal.