Casamento

Se Lula for eleito, Janja promete atuar em ações de combate à fome

Se o petista for eleito, a futura primeira-dama se dedicará a políticas voltadas à segurança alimentar. Janja e Lula se casam nesta quarta

Reprodução/Twitter
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São Paulo – O combate à fome, uma das marcas do primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, deve ser a missão da socióloga Rosângela da Silva, a Janja, a se confirmar o favoritismo do petista. Janja e Lula se casam nesta quarta-feira (18) – sob especulações pela mídia tradicional quanto à festa, ao vestido da noiva, padrinhos e convidados. E prometem parceria para proporcionar condições às famílias brasileiras de exercer seu direito às refeições sem ter de prepará-las com ossos ou lascas de feijão. Ou pior, buscá-las nas latas de lixo.

“Eu tenho um carinho muito especial pela pauta das mulheres e o tema da alimentação e da segurança alimentar. Se eu puder contribuir em alguma coisa nessa campanha, nesse governo, que se Deus quiser tudo vai dar certo, vai ser na questão da segurança alimentar”, disse Janja a mulheres dos bairros Anhanguera, Perus, Pirituba e Brasilândia, na periferia da zona norte paulistana que participaram de plenária com Lula e o pré-candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, para discutir carestia no último 30 de abril.

Para Janja, experiente em projetos de responsabilidade social, é “especial a emoção” de estar ao lado de Lula e conversar com as pessoas. “A questão da fome, da carestia, que é uma palavra difícil, olhar esses carrinhos vazios, e ver o quanto a gente esta sofrendo. E eu quis conversar com as mulheres daqui da região porque a gente sabe que a cara da fome no Brasil é cara das mulheres. As mulheres que estão na linha de frente, sofrendo junto com sua família, buscando alimentação para os seus filhos. E isso pra gente é muito significativo”, disse.

Se Lula for eleito, Janja promete atuar em ações de combate à fome

Em sua rápida participação, Janja agradece às mulheres trabalhadoras, que assim como ela própria, deixaram de “lavar a roupa e dar uma arrumada na casa” para ir conversar sobre um tema tão importante. Segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), em 2022 mais da metade da população, ou seja, 116 milhões de pessoas vive com algum grau de insegurança alimentar. E ao menos 19 milhões passam fome. Um retrocesso inimaginável em 2014, quando o Brasil havia saído do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU).

O país que vende a imagem, inclusive internamente, de que mata a fome do mundo para justificar os incentivos ao agronegócio produtor de commodities, só começou a enfrentar a fome a partir da estratégia Fome Zero, envolvendo uma série de ações de geração de emprego e renda e fortalecimento da agricultura familiar articulando programas, como o de aquisição de alimentos e de alimentação escolar. De 2003 a 2014 a fome no Brasil caiu 82%.

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