Reajuste do salário mínimo depende das contas públicas, afirma Marina Silva

(Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress) São Paulo – Marina Silva, candidata do PV à presidência, declarou que considera importante uma política de valorização do salário mínimo acima da inflação, mas não […]

(Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress)

São Paulo – Marina Silva, candidata do PV à presidência, declarou que considera importante uma política de valorização do salário mínimo acima da inflação, mas não se comprometeu a estabelecer parâmetros para os reajustes. As afirmações ocorreram nesta terça-feira (27) durante o lançamento de seu programa de governo, diante de questionamento da Rede Brasil Atual.

“A gente tem de ver no momento, com as contas públicas”, avaliou a presidenciável. “O que é ideal e justo para a população, além de recuperar a inflação, é que se possa dar o ganho real de salário, mas isso tem de ser visto à luz da realidade”, ponderou durante entrevista coletiva em São Paulo.

Na véspera, José Serra (PSDB), candidato da oposição à Presidência, afirmou que sua política de reajuste de salário mínimo seria, caso eleito, a de melhorar “quando for possível”. Após um almoço-debate com lideranças empresariais, ele não apresentou mais detalhes de quais condições estabeleceria para considerar o aumento.

Dilma Rousseff (PT), o nome governista na disputa, prometeu manter o modelo de reajustes empregado atualmente pela gestão Lula. O piso salarial nacional é corrigido por um índice formado pela inflação oficial do ano mais o crescimento do PIB de dois anos anteriores. A afirmação foi feita na sabatina do portal R7, na semana passada.

Marina Silva lançou, nesta terça, as “diretrizes ampliadas” de seu programa de governo e explicou sua opção por um “programa de governo aberto”, sem detalhes operacionais de como e quando realizar ações. “Não vamos fingir que vamos fazer algo operacional sem ter contato com a realidade”, disparou.

Em um raro momento de ataque a adversários, a senadora ironizou os ataques de Índio da Costa (DEM) ao PT, citando que “índio que fala demais não é índio”. Em seguida, a candidata se desculpou pela brincadeira. Um dia antes, Marina também havia defendido a candidata Dilma Rousseff (PT) por sua luta contra a ditadura.

Marina também brincou com a tentativa dos adversários de tentarem atribuir paternidade aos genéricos e classificou esse tipo de ação de “fulanização”.  “A ‘fulanização’ da política é uma mania que os políticos têm de querer ser donos das ações (do Estado)”, lamentou.