PSOL pede investigação de Demóstenes Torres

São Paulo – O PSOL protocolou hoje (28) representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado para investigar o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), em foco desde que ficou […]

São Paulo – O PSOL protocolou hoje (28) representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado para investigar o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), em foco desde que ficou comprovado envolvimento com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

O problema é que o órgão de apuração não tem presidente desde 2011, e o caso teve de ser remetido à Consultoria Legislativa, que se manifestará sobre a admissibilidade do pedido. “Foram denúncias consistentes de doações individuais, de relações, de telefonemas, utilização de taxi aéreo e depois de sociedade com o senhor Carlinhos Cachoeira”, disse o presidente do PSOL, Ivan Valente.

A Procuradoria Geral da República enviou ontem (27) pedido de investigação de Demóstenes ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele teria recebido presentes e pedido dinheiro emprestado ao empresário, ligado ao esquema de exploração de máquinas caça-níqueis. Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), uma apuração não invalida a outra. “É para isso que, no Parlamento, existe Conselho de Ética: para que, havendo graves denúncias contra qualquer um de seus membros esse possa ter, em tal instância, o amplo e sagrado direito de defesa.”

O vice-presidente do Conselho de Ética, senador Jayme Campos, do mesmo partido de Demóstenes, afirmou que não há definição sobre a escolha de um novo presidente para o colegiado, e acrescentou que acha prudente esperar uma manifestação da consultoria para evitar uma decisão precipitada. Campos afirmou ainda que não se sente constrangido sobre a possibilidade de tratar do processo de cassação de mandato de um colega de sigla. “De maneira alguma. Eu me sinto na autoridade, com capacidade suficiente para participar como presidente do Conselho e indicar o relator. É bom que se esclareça que cabe ao relator emitir o parecer.” 

Com informacões da Agência Senado