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PSB adia reunião e ganha dez dias para buscar unidade

Presidente nacional disse que encontro foi adiado de hoje para dia 27 porque governadores precisavam comparecer a evento do TCU. Para parlamentares, os diretórios querem ainda harmonizar discursos

psb/reprodução

Siqueira: “Legenda deve seguir postura de oposição de esquerda, mas buscando o diálogo”

Brasília – Esperada com olhos atentos tanto por parte dos socialistas como também por integrantes dos demais partidos de oposição e pelo Palácio do Planalto, a reunião da executiva nacional do PSB marcada para hoje (17) foi adiada para o próximo dia 27. A demora de dez dias foi justificada como forma de contar com a participação dos governadores eleitos, que precisam comparecer nesta segunda-feira ao lançamento do chamado “pacto pela boa governança: um retrato do Brasil”, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

“A presença dos governadores do PSB na reunião da executiva nacional é importantíssima e imprescindível”, justificou o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira. No entanto, para muitos parlamentares, o adiamento da reunião é uma forma de o partido ganhar mais tempo para serem articuladas novas definições sobre a postura a ser adotada daqui por diante.

O pacto proposto pelo TCU tem o objetivo de abrir um diálogo permanente com os governadores em questões relativas a saúde, educação, previdência social, segurança pública e infraestrutura, motivo pelo qual todos os governantes confirmaram presença.

Já a reunião da executiva nacional vai definir, de uma vez por todas, uma linha de atuação da legenda discutida nas duas últimas semanas entre as bancadas do PSB na Câmara dos Deputados e no Senado e junto aos diretórios regionais localizados nos estados. Com o adiamento, os diretórios terão condições de harmonizar ainda mais seus discursos.

Cenário desenvolvimentista

Segundo Carlos Siqueira, o encontro traçará a posição do PSB no cenário político, econômico, social e desenvolvimentista do país. “A decisão final será tomada pela executiva. Nós vamos manter a coerência e os compromissos políticos ideológicos, programáticos e populares que sempre marcaram a história do Partido Socialista Brasileiro”, enfatizou.

Fazem parte da pauta da reunião, ainda, a avaliação do resultado do PSB nas últimas eleições, o desempenho do partido nas urnas e o relacionamento que a legenda passará a ter com o PSDB, uma vez que várias lideranças socialistas defendem que seja seguida uma linha de oposição desatrelada dos PSDB – partido apoiado por eles no segundo turno.

Nos bastidores, também tem sido colocada por parlamentares como uma das pautas a reação a ser dada pelo partido sobre denúncias feitas pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que em delação premiada citou dentre políticos que teriam recebido recursos em esquema de corrupção na companhia o ex-governador Eduardo Campos (candidato à presidência pela legenda, morto num acidente aéreo em agosto passado).

Siqueira afirmou que a legenda deve seguir uma postura de oposição de esquerda, mas buscando o diálogo com todos os atores do processo eleitoral. A situação da candidata Marina Silva dentro do PSB, porém, ainda não deve ser decidida neste encontro. Marina e os socialistas que integram o seu grupo só devem deixar a legenda no início de 2015, depois que a Rede Sustentabilidade passar a ser formalizada como partido político.

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