Procuradoria pede cassação de deputado do DEM por compra de votos

Representação indica que Júlio Campos utilizou vales-compra para garantir seus 72 mil votos no Mato Grosso

São Paulo – A Procuradoria Regional Eleitoral em Mato Grosso apresentou pedido de cassação do mandato do deputado federal Júlio Campos (DEM) por compra de votos. A representação indica que o parlamentar eleito utilizou-se da distribuição de vales em troca de apoio dos eleitores.

A Empreendimentos Santa Laura S/A, de propriedade do político, distribuía vales-compra e vales-combustível que deveriam ser descontados em um supermercado e em um posto de Várzea Grande e Cuiabá, ambos com participação de Campos. Em outubro do ano passado, o integrante do DEM foi eleito com 72.560 votos.

“Em todos esses estabelecimentos, foram arrecadados documentos – listas de atendimento a eleitores, mais de duas centenas de notas e cupons fiscais para troca por combustível e compras, entre outros – que escancaram a prática sistemática de corrupção e de arrecadação e gastos ilícitos de campanha”, afirma o procurador regional eleitoral em Mato Grosso, Thiago Lemos de Andrade, que acrescenta: “As provas são tantas que fica impraticável esmiuçá-las nesta petição inicial.”

Para que o deputado federal Júlio José de Campos responda pelas irregularidades, a Procuradoria Regional Eleitoral enviou ao Tribunal Regional Eleitoral uma representação pedindo a cassação do diploma e a aplicação ao parlamentar da multa máxima para o crime de compra de votos. Segundo a Lei 9.504/97, que estabelece normas para as eleições, no período compreendido entre o registro da candidatura até o dia da eleição, os candidatos não podem, direta ou indiretamente, doar, oferecer, prometer, ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza.

 

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