No último dia do prazo, mais 9 vereadores de SP recorrem de cassação

Apenas um dos vereadores cassados na segunda-feira (21) ainda não recorreu da decisão da Justiça Eleitoral. Ao todo, 12 vereadores apresentaram defesa entre terça e quinta-feira e se mantêm no cargo até julgamento do TRE

Dos 13 vereadores de SP cassados, 12 recorreram e trabalham até julgamento pelo TRE (Foto: Câmara Municipal de São Paulo/Renatto d Souza)

Mais nove vereadores entraram com recurso nesta quinta-feira (22) para reverter a decisão de Aloisio Sérgio Rezende Silveira, juiz da 1ª Zona Eleitoral. Na segunda-feira (19), ele cassou e declarou inelegíveis por três anos 13 vereadores da capital, da base do prefeito Gilberto Kassab (DEM), que também tem suas contas sob investigação.

Na quarta-feira (21), o magistrado já havia concedido efeito suspensivo às sentenças que cassaram e tornaram inelegíveis os vereadores Adilson Amadeu (PTB), Paulo Sérgio Abou Anni (PV) e Wadih Mutran (PP).

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), apenas o vereador Ricardo Teixeira (PSDB) ainda não apresentou recurso e tem até às 18h para se manifestar.

Os 12 vereadores que apresentaram recurso voltam ao trabalho normalmente, até julgamento da causa pelo TRE.

Cassados

Os vereadores Adilson Amadeu (PTB), Adolfo Quintas Neto (PSDB), Carlos Alberto Apolinário (DEM), Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB), Cláudio Roberto Barbosa de Souza (PSDB), Dalton Silvano do Amaral (PSDB), Domingos Odone Dissei (DEM), Gilson Almeida Barreto (PSDB), Marta Freire da Costa (DEM), Paulo Sérgio Abou Anni (PV), Ricardo Teixeira (PSDB), Ushitaro Kamia (DEM) e Wadih Mutran (PP) tiveram seus mandatos cassados na segunda por suspeitas de recebimento de doação de forma irregular da Associação Imobiliária Brasileira (AIB).

Silveira considerou que a entidade não poderia realizar doações a campanhas eleitorais. Entretanto, a associação doou R$ 3,1 milhões a um grupo de 29 vereadores de diferentes partidos eleitos nas últimas eleições. Os 13 vereadores cassados teriam recebido R$ 1,6 milhão. Os demais casos estão em análise.

De acordo com a investigação do MP, há indícios de que a AIB seja um braço do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi).