corrupção

Janot faz terceira denúncia de Cunha, agora por cobrar propinas de empreiteiras

Segundo delação de empresários, transferências feitas entre 2011 e 2014 para deputado afastado chegaram a R$ 52 milhões

Ag. Câmara

Eduardo Cunha agora poderá virar réu em processo envolvendo R$ 52 milhões em propinas

São Paulo – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez ontem (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a terceira denúncia contra o deputado federal, afastado do cargo, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Desta vez, o parlamentar é acusado de receber propina de consórcio formado pela OAS, Carioca Engenharia e Odebrecht no valor de R$ 52 milhões.

Os empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, em delação premiada, entregaram uma tabela de transferências de contas no exterior, dizendo que as transações eram propina para Cunha, para que este interviesse para obter a liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS para o Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. A liberação teria influência de Fábio Cleto, então vice-presidente da Caixa, integrante do conselho curador do FGTS e próximo do deputado.

As transferências foram feitas entre 2011 e 2014, saindo de contas na Suíça dos empresários para contas no exterior que eles afirmam que foram indicadas pelo próprio Cunha.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, citando os empresários, as contas que receberam propinas foram: Korngut Baruch, no Israel Discount Bank (sede em Israel); Esteban García, no Merrill Lynch (EUA); Penbur Holdings. no BSI (Suíça); Lastal Group, no Julius Bär (Suíça); e Lastal Group. no Banque Heritage (Suíça).

Em nota, o deputado negou o recebimento de propinas e disse que estranha a “seletividade do procurador-geral da República com relação a mim”.

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