Cabeça a cabeça

Em Recife, Marília Arraes e João Campos empatam no Ibope

Assim como o Datafolha, levantamento do Ibope mostra igualdade numérica entre os dois candidatos à prefeitura do Recife

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No primeiro turno, a atual deputada federal Marília Arraes recebeu 27,95% dos votos; o também deputado federal João Campos recebeu 29,17%

São Paulo – Pesquisa Ibope divulgada no início da noite deste sábado (28) aponta empate numérico na disputa pela prefeitura do Recife. Marília Arraes (PT) e João Campos (PSB) estão com 50% cada um dos votos válidos.

Em relação aos votos totais, quando se incluem os votos dos eleitores indecisos e os brancos e nulos, ambos têm 42%.

No levantamento anterior do instituto, divulgado na quarta-feira (25), havia situação de empate técnico com vantagem para João Campos, que tinha 43% das intenções de voto ante 41% de Marília Arraes. Segundo aquela pesquisa do Ibope em Recife, 15% declararam votar em branco ou nulo, enquanto 2% não sabiam ou não responderam.

O Ibope entrevistou 1.204 eleitores no Recife. O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Debate no Recife e fake news

Ontem (27), foi realizado o último debate entre os candidatos à prefeitura de Recife, promovido pela Rede Globo. No encontro, o candidato João Campos insistiu na narrativa antipetista, apesar de o atual governador, Paulo Câmara, do mesmo partido de Campos, ter sido eleito em aliança com o PT.

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“Acho que o Recife avançou bastante. Basta lembrar com o PT deixou a cidade maltratada. Vocês lembram o que era uma cidade mal cuidada”, disse o candidato do PSB. “Na época em que o PT estava governo, o PSB apoiava, tinha o vice. Agora é oportuno. Você coloca a culpa no PT, culpa no governo federal; daqui a pouco está culpando o povo recifense”, rebateu Marília.

Nesta semana, um grupo de juristas, advogados e professores lançou manifesto em defesa de Marília Arraes e contra o uso de fake news na campanha eleitoral. De acordo com os juristas, “a campanha do candidato João Campos passou a praticar o desprezo da ética e o aviltamento da autodeterminação do eleitorado recifense, através de notícias falsas e ataques repugnantes em qualquer processo democrático”.