Nada edificantes

E-mails de Mauro Cid contêm informações sobre campanha eleitoral de 2022

Conteúdo liga alerta no PL e MDB e cria barreiras às alianças para as eleições municipais no próximo ano

Divulgação/Redes Sociais
Divulgação/Redes Sociais
Nunes apresentou ao ex-presidente inelegível o sistema de câmeras de reconhecimento facial que pretende implementar

São Paulo – O conteúdo dos e-mails do ex-ajudante de ordens de Jari Bolsonaro (PL) ligou o alerta em todo circuito político. O PL, presidido por Valdemar Costa Neto, foi avisado de que nas mensagens obtidas pela Polícia Federal constam informações sobre a campanha eleitoral de 2022.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também foi alertado sobre o risco de fechar apoio do ex-presidente para sua reeleição no próximo ano. Isso devido a possibilidade de Bolsonaro vir a ser preso, além de existir todo o desgaste inerente à participação em esquema de desvio de joias do acervo da presidência da República para venda e enriquecimento ilícito.

De acordo com a revista Veja, as informações de e-mails do coronel Mauro Cid sobre a campanha eleitoral de 202 são consideradas “nada edificantes”.

Importante lembrar que os e-mails de Cid serviram de base para a Polícia Federal identificar o esquema e os envolvidos nas ações de desvio de itens de luxo do acervo da presidência para venda no exterior.

O dinheiro obtido nessas atividades ilícitas seria destinado aos integrantes do que a PF chama de organização criminosa, integrada por Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordem, Mauro Cid, o pai do coronel, general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, o tenente Oscar Crivelatti e o advogado Frederick Wassef. O general fez parte da mesma turma que Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1977 (Turma 31 de março), único oficial da Artilharia do Exército da Turma AMAN 1977 que chegou à 4ª estrela e ao Alto Comando do Exército (ACE).

O namoro entre Ricardo Nunes e Bolsonaro sofre esfriamento. O círculo de assessores próximos ao entorno do prefeito paulistano demonstra preocupação de a imagem de Nunes ser atingida negativamente caso o ex-presidente seja preso.

Na segunda-feira passada (7), os dois almoçaram na sede da Prefeitura da capital paulista, no centro da cidade. Também estavam presentes os bolsonaristas Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador, e o ex-ministro Fábio Wajngarten, que é cotado para ocupar o posto de vice na chapa encabeçada por Nunes.


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