Rio Grande do Sul

Com tumulto provocado por juiz, Dilma vota em Porto Alegre e é saudada por militantes

Presidenta votou acompanhada do candidato petista, Raul Pont, e disse que essa eleição pode surpreender. Imprensa foi proibida de fazer registro

Reprodução/Twitter

Na saída do local de votação, militantes fizeram corredor humano para saudar ex-presidenta Dilma

São Paulo – A ex-presidenta Dilma Rousseff votou por volta das 13h30 no colégio estadual Santos Dumont, que fica na zona sul de Porto Alegre. Ela chegou acompanhada do candidato petista à prefeitura da capital gaúcha, Raul Pont, e apoiadores.

Dilma recebeu flores em sua chegada e afirmou que “essa eleição vai surpreender”.

Na entrada, jornalistas que queriam acompanhar o voto da ex-presidenta causaram confusão. A Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha) barrou a entrada da escola. Uma porta foi quebrada durante o confronto. A ordem para impedir a entrada da imprensa na seção eleitoral foi dada pelo juiz eleitoral Niwton Carpes da Silva, da 160ª zona eleitoral, que estava no local.

O escrivão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Luiz Carlos Braga alegou que, sem mandato, Dilma é considerada “uma cidadã comum”, não sendo portanto permitido o acesso da imprensa ao local de votação. De acordo com ele, uma “ordem verbal” foi dada pelo juiz eleitoral Niwton, para que a imprensa não acompanhasse a ex-presidente.

“Que eu sou uma cidadã comum, sou com muito orgulho. Há que ter orgulho de ser cidadã ou cidadão nesse país”, disse Dilma.

Os policiais também tentaram evitar que o ex-ministro Miguel Rossetto (PT) e o candidato Raul Pont acompanhassem Dilma. “Sempre votei aqui. Nunca houve isso. Nunca a Brigada foi chamada, nunca fecharam as portas”, disse Dilma à imprensa. “Acho um absurdo. Acho antidemocrático, é lamentável”, completou.

Na saída do colégio, militantes fizeram um corredor humano para saudar a ex-presidenta.

Pela manhã, Pont votou na Escola Estadual Infante Dom Henrique, no bairro Menino Deus, e disse estar confiante na sua presença no segundo turno. “Essa eleição está distinta. Temos um cenário diferente do início. Mas pelos últimos dias, acreditamos sim que estaremos no segundo turno”, afirmou o candidato.

Agressões

A candidata a vice-prefeita de Porto Alegre, Silvana Conti, disse que foi agredida pela Brigada Militar (BM) no início da tarde, ao acompanhar Dilma e o candidatado a prefeito, Raul Pont (PT). “Nós estávamos querendo acompanhar a Dilma e aí a polícia nos empurrou, nos agrediu e me deu dois chutes na perna”, relatou.

Segundo ela, o servidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Luiz Carlos Braga, já havia chegado no local de votação para tentar impedir a chegada da imprensa no pátio do colégio para evitar confusão com manifestantes.

Nas redes sociais, o neurocientista Miguel Nicolelis, criticou a medida. “No RS, juiz proíbe imprensa de registrar voto de Dilma. Em SP, em toda eleição imprensa mostra voto de FHC. Realmente escancarou geral!”

Com informações da Sul 21

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