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Dilma: ‘Vamos mudar o Brasil ampliando a participação da juventude’

Em discurso de abertura da 3ª Conferência Nacional da Juventude, a presidenta defendeu maior força de voz e participação da juventude nas decisões políticas do país, além de seu mandato e a democracia

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Dilma anunciou um serviço de denuncias contra crimes de racismo no Disk 100

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff abriu hoje (16) a 3ª Conferência Nacional de Juventude, no estádio nacional Mané Garrincha, em Brasília. O discurso ocorreu concomitantemente com as manifestações ocorrendo por todo país em defesa do mandato de Dilma e da democracia.

“Convido vocês a lutarmos juntos na defesa da democracia, no respeito ao estado democrático”, disse a presidenta. O evento, que ocorre até o dia 19 atualiza a agenda da juventude pensando no desenvolvimento do país. “Aqui estão as cores da juventude brasileira”, afirmou a presidenta.

As propostas definidas na conferência servirão como estudo de subsídio para a elaboração do Plano Nacional da Juventude, carregando bandeiras como expressão da juventude e fortalecimento da luta contra o preconceito. “Sabemos que é fundamental uma política de cultura que inclui, que leve em conta a extrema riqueza de nosso país nesta área”, afirmou a presidenta.

Dilma aproveitou para noticiar o serviço do Disk 100, que agora conta com o recebimento de denúncias de racismo. “Sabemos que a juventude negra e as mulheres negras são as maiores vítimas. Que o disk 100 seja um portal de denúncia para ampliarmos a capacidade de apoiar a sociedade no enfrentamento desta chaga que nos aflige e devemos combater”, disse.

Em referência silenciosa à luta dos estudantes do ensino estadual de São Paulo contra o fechamento de escolas proposto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), a presidenta afirmou: “Nós sabemos que fechar escolas é extinguir sonhos, é romper relações estabelecidas, é fragilizar o futuro”.

Na defesa de seu mandato, a presidenta se referiu ao momento como uma luta que ditará os rumos do nosso país por muito tempo. Disse que pretende utilizar todos os instrumentos que o Estado Democrático de Direito lhe faculta: “Lutarei contra a interrupção ilegítima do meu mandato”.

A presidenta encerrou o seu discurso lembrando o rapper Emicida. “Vi uma entrevista dele (Emicida) na qual dizia com imensa lucidez, que há momentos que a luta é por mais direitos, outra é para não retroceder. Agora estamos lutando pelas duas coisas. Convido vocês a lutarmos juntos na defesa da democracia, no respeito ao estado democrático.”